Gravura publicada pelo jornal "O Zé"
de 29 de Novembro de 1910
Alegres e folgazões os novos republicanos contrataram uma trupe de "zés-pereiras" para abrilhantar a festa sem se terem apercebido que o homem do bombo que exibia, jubilosamente, a figura da República, batia nele com uma maceta em que estava escrita a palavra DESCRÉDITO, até que, num dado momento do folguedo um dos folgazões quando ele erguia a maceta, num modo firme, lhe segura o braço infiel e, ao que parece, a marcha alegre acabou com esta cena.
Isto aconteceu em 1910...
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Hoje, porém, neste "tempo novo" o homem do bombo - contratado por tempo incerto e por um modo inesperado - não se vai enganar na maceta, porque o DESCRÉDITO - por causa de algumas acções desconcertadas que se lamentam - passou deste instrumento para a figura da República que agora e logo, tem continuado a ser ribombada com "macetas" que ela não merece.
O que se pede, pois, é que se não continue a bater - sem dó nem piedade - na figura da República que tanto custou a conquistar.
O que se pede, pois, é que se não continue a bater - sem dó nem piedade - na figura da República que tanto custou a conquistar.
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