O Papa Francisco durante a leitura da sua Mensagem de Natal
a que se seguiu a bênção solene"urbi et orbi"
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Francisco recordou crises na Terra Santa, Iraque, Síria, Iémen, Coreia do Norte e Venezuela, entre outras
Cidade do Vaticano, 25 dez 2017 (Ecclesia) – O Papa
denunciou hoje no Vaticano os sofrimentos das crianças de todo o mundo que são
vítimas da guerra e da violência.
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“Vemos Jesus nas crianças do Médio Oriente, que continuam a
sofrer pelo agravamento das tensões entre israelitas e palestinos. Neste dia de
festa, imploramos do Senhor a paz para Jerusalém e para toda a Terra Santa”,
declarou Francisco, na sua Mensagem de Natal, proferida desde a varanda da
Basílica de São Pedro e transmitida em direto para dezenas de países, incluindo
Portugal.
A tradicional intervenção de 25 de dezembro, que antecede a
bênção solene ‘urbi et orbi’ [à cidade (de Roma) e ao mundo], deixou votos de
que as duas partes retomem o diálogo e cheguem “a uma solução negociada que
permita a coexistência pacífica de dois Estados dentro de fronteiras mutuamente
concordadas e internacionalmente reconhecidas”.
Francisco recordou ainda as crianças sírias, “feridas pela
guerra que ensanguentou o país nestes anos”, com apelo ao respeito por todos,
independentemente da pertença étnica e religiosa.
O Papa falou das crianças do Iraque e do Iémen, “onde
perdura um conflito em grande parte esquecido, mas com profundas implicações
humanitárias sobre a população que padece a fome e a propagação de doenças”.
“Vemos Jesus nas crianças de todo o mundo, onde a paz e a
segurança se encontram ameaçadas pelo perigo de tensões e novos conflitos.
Rezamos para que se possam superar, na península coreana, as contraposições e
aumentar a confiança mútua, no interesse do mundo inteiro”, referiu.
“Ao Deus Menino, confiamos a Venezuela, para que possa
retomar um debate sereno entre os diversos componentes sociais em benefício de
todo o amado povo venezuelano”, prosseguiu.
A mensagem de Natal evocou as crianças com que o Papa se
encontrou na recente viagem ao Mianmar e Bangladesh, no centro de uma crise
humana ligada aos refugiados da minoria ‘rohingya’.
O Natal lembra-nos o sinal do Menino convidando-nos a
reconhecê-lo no rosto das crianças
“Espero que a Comunidade Internacional não cesse de
trabalhar para que seja adequadamente tutelada a dignidade das minorias
presentes na região”, apelou.
Sudão do Sul, Somália, República Democrática do Congo,
República Centro-Africana, Nigéria e o leste da Ucrânia, Venezuela foram outros
países elencados, com apelos à reconciliação e à estabilidade política.
“Hoje, enquanto sopram no mundo ventos de guerra e um modelo
de progresso já ultrapassado continua a produzir degradação humana, social e
ambiental, o Natal lembra-nos o sinal do Menino convidando-nos a reconhecê-lo
no rosto das crianças”, declarou o Papa.
Francisco lembrou as crianças cujos pais não têm emprego, as
que são empregadas desde tenra idade ou alistadas como soldados “por
mercenários sem escrúpulos”.
“Vemos Jesus nas inúmeras crianças constrangidas a deixar o
seu país, viajando sozinhas em condições desumanas, presa fácil dos traficantes
de seres humanos. Através dos seus olhos, vemos o drama de tantos migrantes
forçados que chegam a pôr a vida em risco, enfrentando viagens extenuantes que
por vezes acabam em tragédia”, acrescentou.
Milhares de pessoas marcaram presença na Praça de São Pedro,
para um encontro que começou com votos de “Bom Natal”.
Texto captado da Agência Ecclesia
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Sem tibiezas o Papa Francisco, ao referir-se à recente decisão do Presidente americano de declarar Jerusalém como capital de Israel - que é uma acha para incendiar a fogueira do Médio Oriente - declarou para que todo o Mundo ouvisse que seria asisado que as duas partes retomem o diálogo e cheguem “a uma solução negociada que permita a coexistência pacífica de dois Estados, porque a paz jamais acontecerá enquanto este facto não acontecer.
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