Gravura publicada pelo antigo jornal "O Zé"
de 2 de Julho de 1914
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Quem foi que disse que vinha aí um tempo novo?
Afinal não veio, nem vem, porque, afinal, aquilo que desde sempre foi evidente não se vai cumprir, ou seja: virar a página da austeridade, como apregoou António Costa e, assim, cai por terra o argumento socialista com que encheu a boca nas últimas eleições.
Há dias ao olhar a velha gravura do jornal "O Zé", um semanário de caricaturas e de humor que roía as canelas aos políticos da I República, publicado numa 1ª fase entre Novembro de 1910 e Março de 1919, esta, eloquentemente, apresentava uma Pátria com ar de velha - mas sendo nova - e uma que era nova, efectivamente, de mãos na cintura e com ar de troça diz à outra que se via ao espelho, na tentativa de parecer nova:
- Por mais que te pintes...
E lá voltei eu a olhar o presente... e a pensar que devo dizer a pequena frase que em rodapé deu sentido político à velha gravura de "O Zé":
- Por mais que te pintes...
Sou levado a tanto, sempre que recordo aquilo que disseram ao povo de Portugal alguns daqueles que hoje, com artes e manhas, tem o poder executivo, pelo facto das contas certas, afinal, estarem erradas... e a euforia dantes ser hoje mantida com as dissimulações que se percebem serem mal disfarçadas, pelo que o tal tempo novo a existir, está apenas no processo novo como se chegou ao poder...
- Por mais que te pintes...
E lá voltei eu a olhar o presente... e a pensar que devo dizer a pequena frase que em rodapé deu sentido político à velha gravura de "O Zé":
- Por mais que te pintes...
Sou levado a tanto, sempre que recordo aquilo que disseram ao povo de Portugal alguns daqueles que hoje, com artes e manhas, tem o poder executivo, pelo facto das contas certas, afinal, estarem erradas... e a euforia dantes ser hoje mantida com as dissimulações que se percebem serem mal disfarçadas, pelo que o tal tempo novo a existir, está apenas no processo novo como se chegou ao poder...
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