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quinta-feira, 21 de abril de 2016

Concordo inteiramente...

http://www.dn.pt/p(de 21 de Abril de 2016)
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E logo eu, que, politicamente estou no antípodas do ideário do PCP, não é que estou de acordo, pelo facto deste partido que sustém - este "arranjinho" do governo que temos - votar contra a mudança do nome do "Cartão do Cidadão"?

E mais: isto não é "uma matéria claramente não prioritária", como se Portugal não tivesse outros e magnos assuntos para resolver, pelo que o PS que anda, paulatinamente, a deixar-se envolver pelas mudanças e reversões propostas pelo BE, tem aqui um escolho a entravar a alegre companhia dos que, a todo o custo, ajudaram António Costa a subir a escada do poder executivo, "passando a perna" ao bloco político que ganhou as eleições, um facto anómalo, onde só vêem legitimidade os que de ânimo leve apreciam o que se passou, a seguir ao dia 4 de Outubro de 2015.

É que, por este andar - por causa da aberrante "igualdade do género" - qualquer dia tínhamos de arranjar uma nova gramática e, até, o nome da "DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO HOMEM - tinha de ser mudado, porque o feminismo ao criticar a utilização do terno HOMEM como sinónimo que designa toda a espécie humana, o que pretende é a compra de uma guerra fútil, virando a mulher contra o homem e este contra a mulher, esquecendo a milenar aceitação de um, ser para o outro, o seu complemento e não o seu parceiro de conflito.

O feminismo que se adivinha como fulcro no BE, esquece, propositadamente a lenda grega da busca da alma gémea, onde a criatura era redonda, com as costas e os lados a delimitar o círculo, possuindo quatro mãos, quatro pés e duas cabeças com duas faces exactamente iguais, cada uma olhando numa direcção, pousada num pescoço redondo. A criatura podia andar erecta, como os seres humanos fazem, para frente e para trás e podia rolar sobre seus quatro braços e quatro pernas, cobrindo grandes distâncias, velozes como um raio de luz. 

Segundo a lenda eram redondos porque assim eram seus pais, e isso tornou-os ambiciosos, levando-os a desafiar os Deuses, subindo com ameaças até ao Monte Olimpo com a intenção de destronar Zeus e destruir os Deuses, o que provocou uma reunião magna que aconselhou Zeus - por acção de Témis -  a dividir aquelas criaturas estranhas ao meio, para que se tornassem menos poderosos. tendo o cuidado de não os aniquilar, com a condição de viverem separados para serem mais humildes e orgulhosos e não tentarem em desafiar Zeus, que permitiu fazendo-os andar sobre duas pernas, diminuindo sua força e poder, com a vantagem de aumentar seu número.

No entanto, embora divididos os corpos tinham as suas almas ligadas, por isso ainda eram atraídos um pelo o outro com as partes reprodutoras viradas de frente, na procura da CARA METADE, para que, através do acto sexual, ainda que por momentos, estivessem de novo unidos, reproduzindo-se entre eles - homem e mulher - e, assim, a raça não morreria, para honra e glória dos deuses.

Muito resumida a história de se dizer, ainda hoje - A MINHA CARA METADE - vai beber aqui a sua herança social, ao fazer que o homem ou a mulher encontre no seu semelhante de sexo oposto o complemento que lhe falta para ser feliz.

Tem de ser dito que o feminismo é um movimento político que advoga uma filosofia social que tem por fim a igualdade de direitos entre mulheres e homens, se não fora ter o embrião como consequência da Revolução Francesa, contra o patriarqusmo - o que está correcto - se não fora ter-se popularizado nas primeiras décadas do século XX, como algo que desafiou o poder que os homens monopolizavam, mas com o defeito erróneo de querer impor a figura feminina contra a do masculino.

Este é o erro do BE, indo atrás dos sociólogos que em 1995 criaram esta invenção que está a afectar a compreensão da família, com repercussões na esfera política, no ensino, na comunicação social e até, na linguagem corrente, alterações que dentro do contexto do matrimónio - como é ancestralmente conhecido - pode ser substituído por relações sexuais versáteis, rejeitando obedecer à ordem da natureza e respectiva dignidade, pois segundo a "ideologia do género" os dois sexos - masculino e feminino - são construções de uma cultura ultrapassada, e ainda que exista um sexo biológico, cada pessoa tem o direito de escolher o seu sexo social (género), com a agravante de quererem ensinar às crianças que podem escolher qualquer opção sexual que quiserem, pois ao nascer, não são do sexo masculino ou feminino, mas uma pessoa do género humano.

É, por isso, que me parece acertada a posição do PCP, por não fazer qualquer sentido a mudança do nome do "CARTÃO DE CIDADÃO", porque todos somos cidadãos - habitantes de cidade - femininos e masculino.

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