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domingo, 10 de abril de 2016

Não, Mestre...




Não, Mestre.

Não fui eu, naquele místico instante
- que só Tu conheces -
que Te escolhi para que fosses o meu melhor companheiro!

Não, Mestre.

Foste Tu, naquele dia longínquo, de todos conhecido
quando caminhavas ao sabor da brisa,
ao longo do mar da Galileia e viste Pedro e André
e um pouco mais à frente, Tiago e João
e os convidaste a repartir contigo o mesmo caminho...
foi a partir desse momento que Tu me chamaste!

Desde então, mais não faço que ser um eco
perdido, às vezes...
mas com o sentido naqueles pescadores
que deixaram barcos e redes e foram contigo.
Ajuda-me, Senhor a ser Teu discípulo atento
e que ao longo da caminhada
Te encontre ombro a ombro comigo.

Não que eu tenha medo que Tu me abandones...
mas tenho medo das minhas fraquezas
e de todas as solicitações
de um mundo hostil à Tua Verdade.
Ajuda-me, Senhor.
Ajuda-me a largar as redes, onde tantas vezes a vida se enreda
e deixa que vá, definitivamente contigo, porque - eu sei -
desde aquele dia, quando chamaste
o Pedro e o André, o Tiago e o João, desde esse instante
inscreveste o meu nome.

Sim, Mestre.

Tenho consciência do Teu chamamento...
mas ajuda-me a desenredar as redes que ainda me prendem
e seja no mar da vida o pescador que queres que seja.
Por amor de Ti, de todos os homens.
E de mim mesmo!


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