Esta Pátria minha amada...
Assim costuma ser definida pelos portugueses a terra onde se nasceu, num preito de amor, para que hoje, no Continente Europeu sejamos seus herdeiros no tamanho em que ela ficou depois das lides guerreiras e diplomáticas que para tanto foram precisas travar nos primeiros anos da consolidação da Pátria lusitana.
Hoje, ao desfolhar um velho Livro de antologia de poesia e de poetas portugueses, dei por mim a demorar os olhos em cima de um soneto que tem por nome, isso mesmo - SONETO - da autoria de Augusto Casimiro, um literato de Amarante que a vida levou, como oficial do Exército até ao comando de uma companhia integrada no Corpo Expedicionário Português enviando à Flandres, em consequência da beligerância de Portugal na I Grande Guerra.
O SONETO de Augusto Casimiro desflalda a Bandeira de Portugal em letras ritmadas, sentidas e, sobretudo, muito amadas.
A que eu adoro teve o Amor de
quantos
Por muito amar, a História
coroou:
Heróis, poetas, missionários,
santos,
Filhos de Portugal que a Glória
amou.
Teve-lhe amor Nun’Alvares.
Cantou
Luiz de Camões o amor dos seus
encantos.
Por ela a Gente fora ao Mar. Eu
sou
Marinheiro, poeta como tantos…
Ó Bem-Amada, - eu amo-te na
imagem
Da minha Terra, a idílica
paisagem
Doce e religiosa que sorri.
E hei-de noivar contigo, Pátria,
quando
Herói por teu Amor, tombar
cantando
No teu regaço, a combater por
ti!
in, “A Hora de Nun’Álvares
Acaba-se de ler este poema de Amor - com letra grande como o poeta escreveu - e o que fica é um sentimento, hoje, infelizmente, pouco recordado nas Escolas dos primeiros anos por motivos que eu não consigo entender, mas é por isso mesmo, para lembrar um certo desamor a Portugal e ao motivo nacionalista de o recordar que eu publico este Soneto de amor pátrio, onde Augusto Casimiro teve a arte de deixar que o seu coração continue, ainda hoje, a bater no compasso certo com que ela amou a Pátria e a sua terra - Amarante - a idílica paisagem / doce e religiosa que sorri.
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