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segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Com que então...

http://zap.aeiou.pt/ (21 de Novembro de 2016)
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Com que então... António Costa passou hoje para as mãos da autarquia de Lisboa a responsabilidade da gerência dos transportes públicos citadinos, algo que não me fazia doer se não fora o Estado ter de pagar à CARRIS a dívida acumulada de 700 milhões. com a agravante de António Costa dizer que "O Estado não faz favor nenhum"... 
  • Ora essa... "não faz favor nenhum" ao colocar o Estado a pagar uma dívida contraída pelos utentes da grande Lisboa, pondo a pagá-la todos os portugueses do Minho ao Algarve?
  • Onde é que está a lógica de serem todos os portugueses com a cobrança dos seus impostos a pagar uma dívida local?
Ou será que estas duas perguntas não têm sentido?
Penso que sim.
Penso, aliás, lembrando o nosso bom povo que globalmente vai pagar esta "bondade do Estado" que em casos destes costuma dizer que - se perdeu a tramontana -  ou seja o norte, pelo que se pede que António Costa encontre, politicamente falando, o norte que parece ter perdido... porque ele não é o Estado.

Representa-o, porque o Estado somos todos nós, ao inverso do que disse Luís XIV o "Rei-Sol" de França, a quem se atrinue a célebre frase: "L'État c'est moi", dando a entender que todo o poder residia somente na sua figura.

Lamento esta "postagem" porque gosto muito mais de me debruçar sobre assuntos mais altos - a que dou o brilho que posso - e não a esta prosa que nem prazer me dá que não seja o de marcar o que penso, fazendo-a em nome do cidadão que sou, discordando pela simples razão de não entender a razão que vai levar Portugal inteiro a pagar um dívida contraída apenas em Lisboa.

Não quer isto dizer que eu não entenda a solidariedade.
Entendo-a quando ela é pedida ao todo, mas não a entendo quando uma boa vontade, por mais altruísta que seja, resolve agir em nome do todo... sobretudo sem o ouvir!

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