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terça-feira, 15 de novembro de 2016

Aniversário do acidente que vitimou Duarte Pacheco.

Monumento a Duarte Pacheco, em Loulé
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Faz hoje anos que na manhã do dia 15 de Novembro de 1943, ao regressar de Vila Viçosa onde se deslocara em serviço oficial, Duarte Pacheco, então Ministro das Obras Públicas e Comunicações - a convite de Salazar - o carro onde seguia de regresso a Lisbao se despistou embatendo num sobreiro, vindo a falecer no dia seguinte no Hospital de Setúbal.

Aluno brilhante do Instituto Superior Técnico da Universidade Técnica de Lisboa, forma-se em Engenharia Electrotécnica com 19 valores e chega a atingir o grau de seu Director em 1928, tendo-se-lhe ficado a dever uma obra ingente para onde concorreu, para além do seu cargo governamental, o facto de ter sido Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, cargos que lhe permitiram planificar e executar obras que trouxeram Lisboa e Portugal como uma Nação a viver, na plenitude possível ao nível da modernização de infraestruturas urbanas o século XX, de que foi uma das suas mais iminentes figuras portuguesas.

Devem-se-lhe obras como:os bairros sociais de Alvalade, Encarnação, Madredeus e Ajuda, em Lisboa, as auto-estradas Lisboa-Vila Franca de Xira e Lisboa-Estádio Nacional, a marginal Lisboa-Cascais, a Estação Marítima de Alcântara, o aeroporto de Lisboa, o Estádio Nacional, a Fonte Monumental da Alameda, o Instituto Nacional de Estatística, a Casa da Moeda e a organização da Exposição do Mundo Português e o começo da florestação de Monsanto, hoje devidamente considerado o "pulmão de Lisboa".

Se a figura tutelar do "Estado Novo" foi Salazar, Duarte Pacheco foi a sua figura emblemática pelos empreedimentos que sob a sua tutela foram executados, cabendo-lhe ter sido o autor e impulsionador de uma política de desenvolvimento nacional com a criação de infraestruturas urbanas, na qualificação dos recursos humanos a que não faltou a potencialização dos recursos naturais que Portugal oferecia, como o turismo, onde não faltou a modernização hoteleira da orla costeira que estava quase dasaproveitada.

Há quem sustente a ideia que num dado ponto entre Salazar e Duarte Pacheco teriam havido divergências profundas pelos gastos de obras públicas, de que teria sido exemplo, a construção do Estádio Nacional, uma obra que na época atingiu valores julgados sumptuosos pelo Chefe do Governo que viu naquela obra a duvidosa urgência que lhe foi dada.

Fosse como fosse a obra está aí e é, a todos os títulos um marco que ficou a assinalar indelevelmente a carreira do técnico que se fez político e que a morte levou bem cedo do convívio nacional, mas cuja aura para não ser esquecida levou o Estado no dia 16 de Novembro de 1953 - aniversário da sua morte - a inaugurar uma estátua em Loulé, sua terra natal e onde esteve presente Oliveira Salazar.


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