Convencemo-nos que a vida será
melhor depois...
Depois de acabar os estudos,
depois de arranjar trabalho,
depois de casarmos,
depois de termos um filho,
depois de termos outro filho.
Então, decidimos que a nossa
vida estará completa
quando o nosso companheiro ou
companheira estiver realizado...
quando tivermos um carro
melhor...
quando pudermos ir de férias...
quando conseguirmos uma
promoção...
quando nos reformarmos...
A verdade é que não há melhor
momento para ser feliz
do que AGORA!
Se não for agora, então quando
será?
A vida está cheia de depois...
É melhor admiti-lo e decidir ser
feliz agora, de todas as formas.
Deixa de esperar:
até que acabes os estudos...
até que te apaixones...
até que encontres trabalho...
até que te cases...
até que tenhas filhos...
até que eles saiam de casa...
até que te divorcies...
até que percas esses 10kg...
até sexta-feira à noite ou
Domingo de manhã...
até à Primavera, o Verão, o
Outono ou o Inverno...
ou até que morras...
para decidires então que não há
melhor momento
do que justamente ESTE para seres feliz!
A felicidade é um trajecto, não
um destino.
Autor desconhecido
O meu comentário a esta Sabedoria do Mundo
Há nesta reflexão sobre aquilo que deve ser feito hoje, uma verdade a reter. A vida está cheia de depois.... pela simples razão que que o homem segue, muitas vezes o relaxamento que lhe dita a sua individualidade e se esquece do velho provérbio - que faz parte da sabedoria do mundo - "Não deixes para amanhã o que deves fazer hoje", que é o mesmo por dizer por outras palavras, que amanhã podemos não ter tempo, não porque ele encheu demais o nosso dia... mas porque pode já não haver dia!
Razão, porque, a felicidade - por ser um trajecto de vida deve ser procurada em cada dia - e não deixar para amanhã o cumprimento do destino, porque ela se cumpre como escreveu Frei António das Chagas no famoso soneto CONTA E TEMPO e será sempre um desleixo não a ter procurado entes e deixar a sua procura para depois... porque, como ele recomenda: Hoje,quero acertar conta, e não há tempo.
Deus pede estrita conta de meu
tempo.
E eu vou do meu tempo, dar-lhe conta.
Mas, como dar, sem tempo, tanta conta
Eu, que gastei, sem conta, tanto tempo?
Para dar minha conta feita a tempo,
O tempo me foi dado, e não fiz conta,
Não quis, sobrando tempo, fazer conta,
Hoje, quero acertar conta, e não há tempo.
Oh, vós, que tendes tempo sem ter conta,
Não gasteis vosso tempo em passatempo.
Cuidai, enquanto é tempo, em vossa conta!
Pois, aqueles que, sem conta, gastam tempo,
Quando o tempo chegar, de prestar conta
Chorarão, como eu, o não ter tempo...
in
'Antologia Poética'
Sem comentários:
Enviar um comentário