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quarta-feira, 22 de abril de 2015

O Tribunal de Contas (TdC) chumba as contas do Tribunal Constitucional (TC) de 2013


in. Observador.pt de 21 de Abril de 2015


Viaturas para uso pessoal de todos os 13 juízes, gastos sem justificação, pagamentos indevidos. Isto tudo o Tribunal de Contas (TdC) encontrou na primeira auditoria alguma vez feita ao Tribunal Constitucional (TC). O documento foi divulgado hoje no site da instituição, classificando de “deficiente” o controlo interno e de “desfavorável” a fiabilidade dos documentos de prestação de contas de 2013. Em quase todos os pontos, os juízes do Palácio Ratton alegaram a legalidade dos procedimentos invocando outra interpretação das leis em vigor.

Nas conclusões, o TdC aconselha a promoção de novos instrumentos de gestão e de avaliação, a regulamentação adequada de utilização e de controlo dos veículos de serviços gerais (o que incluiu os 11 juízes para além do presidente e da vice-presidente), a dedução dos valores pagos indevidamente em subsídio de refeição e ainda que sejam corrigidos os gastos de 21 mil euros não documentados.

In, Observador de 21 de Abril de 2015

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in, "Público de 22 de Abril de 2015

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in, "Diário de Notícias de 22 de Abril de 2015

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RELATÓRIO N.º 6 /2015 - 2.ª S
PROCESSO N.º 19/14-AUDIT
AUDITORIA AO TRIBUNAL CONSTITUCIONAL
ANO 2013
Tribunal de Contas
Lisboa, 2015


193.Constatou-se a atribuição, desde 2000, de veículo para uso pessoal (com cartão de combustível e via verde, com limiares definidos) a todos e a cada um dos Juízes Conselheiros. Dado que só o Presidente e a Vice-presidente do TC têm direito a veículo oficial, os restantes veículos são de serviços gerais inexistindo regulamentação adequada para a sua utilização e controlo (cfr. pontos 121 a 130);

Transcrição ipsis-verbis do número 193 do Relatório do TdC, a que faz alusão a notícia do jornal on-line "Observador" e cujo texto acima é transcrito.


Pensei que tal nunca viesse a acontecer e, por isso, estou chocado com a notícia provinda de um Tribunal a criticar um outro cuja existência está fundamentada na Constituição da República Portuguesa para a obrigar a cumprir - como tem feito zelosamente - e, pelos vistos não ter sido zeloso consigo mesmo e, em consequência ter-se sujeitado aos reparos do Tribunal de Contas, cujo lema é: ajudar o Estado e a sociedade a gastar melhor.

Bem prega Frei Tomás. Façamos o que ele diz e não o que ele faz!

Por que será que a sabedoria popular quando fala assim, ou doutro jeito qualquer, tem sempre a razão do seu lado?

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