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quinta-feira, 23 de abril de 2015

Lembrando S. Jorge


in, http://www.aleteia.org/


São Jorge (275 - 23 de abril de 303) foi, de acordo com a tradição, um soldado romano no exército do imperador Diocleciano, venerado como mártir cristão. Na hagiografia, São Jorge é um dos santos mais venerados no catolicismo (tanto na Igreja Católica Romana e na Igreja Ortodoxa como também na Comunhão Anglicana). É imortalizado na lenda em que mata o dragão. É também um dos Catorze santos auxiliares. Considerado como um dos mais proeminentes santos militares, a memória de São Jorge é celebrada nos dias 23 de abril e 3 de novembro. Nestas datas, por toda a parte, comemora-se a reconstrução da igreja que lhe é dedicada, em Lida (Israel), na qual se encontram suas relíquias. A igreja foi erguida a mando do imperador romano Constantino I.
in, Wikipedia

A Igreja lembra S. Jorge, neste dia 23 e Abril este Santo sobre cuja memória recaem duas lendas fantásticas que contam a sua determinação em se bater contra forças, que sendo, aparentemente mais fortes que as suas, tal facto não o impediu de cheio do Espírito de Deus as ter desafiado e vencido, deixando-nos este exemplo para mostrar ao homem que com a força divina a empurrar a sua vontade, é sempre possível que este se possa superar a si mesmo.

Conta uma das lendas que em Silene, na Líbia existia um terrível dragão a quem os habitantes para acalmar a sua fúria sanguinária davam de comer duas ovelhas por dia, até que num certo dia, farto daquele repasto exigiu que lhe fosse dada a comer a filha única do rei da Líbia, algo de tão monstruoso que motivou o desafio de S. Jorge, que de lança em riste, e montado no seu cavalo, prometeu dar morte ao monstro com a condição dos habitantes da cidade se converterem ao cristianismo, o que veio a acontecer depois da sua vitória sobre o dragão.

Conta outra lenda - e esta bem perto de nós - que em S. Jorge, localidade perto de perto de Aljubarrota, onde ele no tempo em que desempenhava o cargo de oficial das tropas romanas esteve ali instalado com as tropas que tinha sob o seu comando. Acrescenta a lenda que quando era preciso dar de beber aos cavalos mandava os soldados até uma fonte que havia perto de um dos ribeiros locais,  onde costumava aparecer um dragão que deu em matar os cavalos, pelo que os soldados passaram a ter medo de ir àquele local, o que suscitou em S. Jorge o desejo de desafiar o monstro, tendo-o liquidado numa luta ali travada.

O que uma e outra lenda contam é a luta eterna do Bem contra as forças do Mal, tendo eleito S. Jorge, natural da cidade de Lida - como já foi dito - um dos seus mais fervorosos paladinos, o que nos faz recordar uma cena do Cap, 9, 32 dos Actos dos Apóstolos, onde  é dito que Pedro, que andava por toda a parte, desceu também até junto dos santos que habitavam em Lida, o que motiva esta conclusão:

Como é evidente - naquele tempo não havia Santos canonizados - pelo que os santos que S, Pedro ali foi procurar eram os homens bons dali naturais e que pela sua compostura se opunham às forças do mal, opondo-lhe a condição do bem.

S. Jorge que me seja permitida a ilação, certamente, teve por ascendentes - os santos que habitavam em Lida -  que S, Pedro procurou sem suspeitar que dos tais santos procurados por ele naquele dia que a Bíblia relata,  a Igreja foi ali buscar um antigo habitante daquela localidade para fazer dele um Santo - S. Jorge - precisamente, o que hoje lembra aos homens a cristandade.


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