- Quem tem o direito a usar nas cerimónias públicas o Colar da Cidade de Lisboa é o candidato que ganha as eleições municipais, pelo facto de ter concorrido para conquistar aquele fim político com o qual se apresentou aos eleitores.
- Pode, este, abandonar o cargo para que foi eleito e transmiti-lo a quem não concorreu com aquele fim?
- ?
Pelos vistos pode, como aconteceu na recente investidura de Fernando Medina que o recebeu das mãos de António Costa, sem que para tanto tivesse ido a votos, directamente, mas tão só, por ser, na lista, um substituto possível, mas não para o ser - como aconteceu - por abandono do cargo, mas para o ser por uma qualquer incapacidade física a que todos estamos sujeitos.
Mas a verdade é que, António Costa esqueceu o tempo para que foi eleito pelos lisboetas e disse adeus à Câmara Municipal de Lisboa e, como se o condecorasse deu a Fernando Medina o Colar da Cidade, que por direito das urnas ele não ganhou.
Ai, Lisboa, Lisboa...
Mas que linda que tu és!
Pena que andes virada
Da cabeça para os pés!
Diz assim uma velha quadra.
Os habitantes de Lisboa, por maioria, votaram num candidato que veio a ser o vencedor para a governar durante todo o tempo regimental, e este, sem pedir licença àqueles quer o elegeram vai-se embora e o Colar da Cidade - símbolo do poder que lhe foi outorgado pelo voto - passa para outro, não por uma questão ponderosa de uma qualquer incapacidade, mas apenas, porque ele quer ser Primeiro-Ministro...
Ai, Lisboa, Lisboa... que andas virada da cabeça para os pés!
E depois, queixam-se da debandada dos eleitores...
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