Sem amor...
A inteligência sem amor, te faz
perverso.
A justiça sem amor, te faz
implacável.
A diplomacia sem amor, te faz
hipócrita.
O êxito sem amor, te faz
arrogante.
A riqueza sem amor, te faz avaro.
A docilidade sem amor te faz
servil.
A pobreza sem amor, te faz
orgulhoso.
A beleza sem amor, te faz
ridículo.
A autoridade sem amor, te faz
tirano.
O trabalho sem amor, te faz
escravo.
A simplicidade sem amor, te
deprecia.
A oração sem amor, te faz
introvertido.
A lei sem amor, te escraviza.
A política sem amor, te deixa
egoísta.
A fé sem amor te deixa fanático.
A cruz sem amor se converte em
tortura.
A vida sem amor...não tem
sentido.
Autor Desconhecido
O meu comentário a esta Sabedoria do Mundo
Sobre o amor, Voltaire deixou escrito no seu "Dicionário Filisófico" estes conceitos, parte pequena dum texto mais vasto mas que continua a explanar-se na mesma linha:
Cumpre recorrermos à imagem. O amor é a estopa
da natureza bordada pela imaginação. Quereis ter uma idéia do amor? Vede os
pardais do vosso jardim. Vede vossos pombos. Contemplai o touro que levam à
novilha. Admirai aquele soberbo cavalo que dois de vossos camaradas conduzem à
égua que passiva o espera e arreda a cauda para recebê-lo. Observai como seus
olhos chamejam. Ouvi seus relinchos. Admirai aqueles saltos, aquelas curvetas,
aquelas orelhas em pé, aquela boca que Se abre com ligeiras convulsões, aquelas
narinas aflantes bafejando inflamadamente, aquelas crinas que se empinam e
esvoaçam, o movimento imperioso com que se lança sobre o objecto que lhe
destinou a natureza.
Mas não os
invejeis. Pensai nas vantagens da espécie humana. Que contrabalançam força,
beleza, ligeireza, impetuosidade todos os predicados de que a natureza dotou os
irracionais.
Há animais que
não conhecem o gozo. Carecem desse prazer os peixes escamados. A fêmea lança
sobre a vasa milhões de ovas e o macho que as encontra fecunda-as com o sêmen
sem preocupar-se com a dona.
A maioria dos
animais que se acasalam não experimenta prazer por mais que um único sentido.
Satisfeito o apetite está tudo acabado. Nenhum animal senão vós conhece os
afagos. Todo o vosso corpo é sensível. Vossos lábios sobre tudo experimentam
uma volúpia inexaurível – prazer exclusivo da vossa espécie. Enfim podeis amar
em qualquer tempo, enquanto os animais só o podem em épocas determinadas. Se
refletirdes nestas preeminências direis com, o conde de Rochester: “O amor, em
um país de ateus, faria adorar a Divindade”
Deste texto de Voltaire convém que nos fixemos naquilo que ele cita do conde de Rochester para aquilatarmos da justeza das máximas breves mas incisivas que acima se reproduzem do "Autor Desconhecido" e concluir-se que só o Amor - efectivamente - a ser realizado e assumido pelos homens é que pode operar maravilhas, a ponto de poder converter os ateus e adorar a Divindade.
É a sua força por provir da imanência que dimana desse Ser Espiritual que paira sobre o Mundo, incorpóreo, mas Absoluto no seu domínio sobre as coisas e, sobremaneira, sobre os homens que foram criados para terem sobre elas a sua acção em que, se lermos com atenção todos os versículos do "Desconhecido", sem ele a agir na sua inteligência, o homem passa a ser uma coisa e não um ser discernível acima de qualquer animal irracional, dos tais de que nos fala o insuspeito Voltaire.
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