Fazendo a
diferença
Um homem sábio goza as suas férias numa bela praia.
Um dia, pela manhã, percebeu que um jovem caminhava pela praia e pegava nas estrelas do mar que
estavam na areia e as devolvia para a água.
Olhou para o jovem, fazendo - segundo ele - aquele trabalho inútil e perguntou-lhe:
- Porque está fazendo isso?
- Estou salvando as estrelas do mar. Respondeu o
jovem.
- Mas são
milhares e milhares de estrelas na praia. Você não pode salvá-las todas. O seu esforço vai fazer alguma
diferença?
- Para esta faz
toda diferença do mundo.
Respondeu o jovem enquanto jogava mais estrela no mar.
Respondeu o jovem enquanto jogava mais estrela no mar.
Autor
desconhecido
O meu comentário a esta Sabedoria do Mundo
O jovem do conto - porque não é conhecido o seu autor - merece vinte valores, porquanto com a sua atitude perante "o homem sábio" foi mais sábio que ele, ao provar-lhe que não se sentia membro de um certo colectivo que grassa por aí e que tende a fazer iguais todas as coisas, pela simples e ponderosa razão que ele se alinhava pela sua consciência e não pela do colectivo.
Aquele jovem não deixou que o "sábio" lhe mutilasse o pensamento altruísta ao defender o que disse, bastando para lhe dar contentamento, que das milhares estrelas do mar que enchiam o areal da praia, se salvasse aquela que ante os olhos espantados do seu interrogador, ele lançara nas águas do mar.
Foi um rebelde do padrão que lhe quiseram impor, revoltando-se contra uma sociedade que tende a tornar igual o que nasceu para ser diferente, ou seja, o pensamento de cada criatura é, por si só, a sua mais valia e não pode ninguém - por mais sábio que seja - torná-lo igual a centenas, milhares ou milhões que pensam pelo colectivo e defraudam a riqueza que cada um transporta consigo desde o nascimento.
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