Porque António José Seguro era considerado inseguro - pelos seguríssimos - para poder ganhar as próximas eleições legislativas, num golpe palaciano - que fez lembrar a Roma dos Césares - António Costa derrubou-o, não querendo levar em linha de conta que ele havia ganho as eleições regionais dos Açores, as autárquicas e europeias.
Não senhor. Três vitórias nada significavam.
Foram consideradas irrisórias pelo que foi e já não é Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, edilidade que devia merecer mais respeito e que o não tendo merecido, têm servido de trampolim, como aconteceu com Jorge Sampaio que dali se guindou à Presidência da República, mandando às urtigas, tal como o fez, agora, António Costa com os votos que lhe deram a população de Lisboa, um facto que numa próxima eleição a devia levar a pensar duas vezes antes de dar o seu voto ao PS.
(Que nisto de fugas estamos conversados: O PS e o PSD em eleições nacionais estão empatados... não nos podemos esquecer!)
Acontece, porém, que António Costa não consegue desenredar a meada em que se meteu e a votação do Partido Socialista - ao contrário do arrebatamento que serviu para atirar borda fora António José Seguro - não sobe como ele queria.
Permanece como estava...
Para desalindar o ramo e dar-lhe mais dores de cabeça, aconteceram, há oito dias as eleições regionais da Madeira!
António Costa foi lá, lembram-se?
Lembram-se que ele foi ali apadrinhar uma salada de partidos coligados com o PS, ou seja com o Partido Trabalhista Português (PTP) de que faz parte o excêntrico José Manuel Coelho, o Partido Pessoas, Animais, Natureza (PAN) e o Partido da Terra (MPT) - na coligação MUDANÇA - que afinal remeteu aquele arremedo de política credível para mais quatro anos de oposição ao PSD local, com os seu irrisório resultado eleitoral, com o PS - um Partido que devia ter outra postura - a servir de barriga de aluguer para aqueles partidos inexpressivos.
Esta foi a primeira derrota eleitoral de António Costa.
Tivesse isto acontecido com António José Seguro e não faltaria quem o acusasse de ser um líder frouxo e sem carisma... mas como isto aconteceu com quem o arredou do posto do Largo do Rato, parece que nada aconteceu neste "bailinho da Madeira" com que os eleitores naturais brindaram o PS, agora, no todo nacional, comandado por António Costa
Coisas que o destino tece!
Como Seguro já não está ficou um silêncio pesado!
Como é que o PS se alinhou com o senhor José Manuel Coelho?
Se foi para a chacota quem a sofreu não foram os adversários, mas ele mesmo, um Partido que devia ter tido mais cuidado e não ter deixado António Costa ser humilhado com a cruel surpresa das eleições da Madeira, em que a estratégia do senhor Vitor Freitas do "todos conta um", foi, afinal, o resultado do "um contra todos"!
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