Gravura publicada pelo jornal
"O António Maria" de 7 de Setembro de 1882
Paulo Rangel e Manuel Alegre são ambos "virulentos"
.
O primeiro por ter insinuado na actual campanha eleitoral para a Europa, que há no PS um "virus socialista" que devia ser combatido com a "vacina" que dá pelo nome: Aliança Portugal.
O segundo, por ter ido buscar ao baú da História um "partido que disse que os judeus eram um vírus que era preciso exterminar" numa clara alusão ao partido da Alemanha nazi.
E assim, cá vamos indo, um tanto desencantados - mais uma vez - com a campanha eleitoral, sobretudo, pela falta de respeito, já não entre eles, que é o que menos conta, mas, relativamente, aos eleitores mais conscientes desta falta de cultura democrática, onde não há anjos, mas demónios à solta à cata de votos, como se Portugal vivesse, hoje, os tempo trauliteiro da Monarquia Constitucional.
Assim, não!
Eu sou levado a crer que o "vírus socialista" - que não deixa de ser um desconchavo - teria levado Paulo Rangel a situá-lo no campo de uma política gastadora recente de que o partido, no Governo, o PS, foi um actor bem conhecido, mas a comparação deste "vírus" ao do nazismo, foi de todo, um exagero e a vontade expressa de molestar o adversário sem dó nem piedade.
Ambos pecam pelo exagero. Pala ofensa.
Enfim, no dia 25 de Maio, que ganhe o "vírus" que faça nos menos mal.
Sobretudo, que o partido ganhador saiba no Parlamento Europeu encontrar a vacina que ajude este pobre País a sair do atoleiro onde nos encontramos, para bem dos nossos jovens que têm sobre os ombros a tarefa ingente de restaurar Portugal, na certeza que tenho, que a minha geração - onde se encontra a de Manuel Alegre - já o não pode fazer, bem como a geração do outro "virulento", Paulo Rangel, a quem ficaria melhor ter a medida exacta das palavras.
Quanto às palavras de resposta de Manuel Alegre, não merece a pena falar.
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