Face posterior da Base
A Igreja de Santa Maria dos Olivais foi nos tempos idos - e bem antigos - da minha adolescência o Templo cristão que visitava nas minhas idas - umas vezes, cumprindo deveres, como aqueles que me levavam à Farmácia ainda hoje existente na Rua Alves da Veiga - outras vezes, com a mãe que Deus lá tem, cumprindo obrigações devotas.
Mas foi, só recentemente, que os meus olhos se fixaram no belo e antigo Cruzeiro existente no adro da igreja e os meus olhos puderam ler - ou. quase, decifrar - o texto inscrito a cinzel na face posterior da sua base.
A primeira leitura - a mais legível - mostra o ano de 1636 e com mais dificuldade li um nome: Francisco de Paiva.
Na inscrição ficou marcadamente inscrito o seu gesto de oferenda daquele Cruzeiro para que no
desencaracolar do tempo, este, apesar do desgaste inevitável dos anos, como se prova não foi capaz de apagar a nobre atitude do doador, que fez parte da extinta Irmandade
de Nossa Senhora do Rosário.
A sua atitude marca, assim, ainda hoje, o seu nome e
o seu gesto na história da Igreja de Santa Maria dos Olivais que ele serviu e
de que é honra nossa deixar aqui um lembrança da sua acção lavrada
na pedra e constituir, com ela no tempo que passa uma grata memória para todos os
olivalenses que se amam a sua velha Igreja Paroquial, como eu, que não senso, hoje, um paroquiano activo, não posso esquecer aquele local de tão gratas recordações.
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