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domingo, 18 de maio de 2014

Évora




Oh! Évora, que linda és
Com o mar dos teus trigais
A ondular de lés a lés...
Como se houvesse marés
Tão longe dos areais!

Em ti, Évora, há tal encanto
Que ao ver os teus vitrais
Eu fico mudo de espanto...
E volto logo, uma vez mais.

Toda de branco caiada
Minha princesa mourisca!
És tão bela e recatada
Que não há quem te resista!

Eu sinto que a história fala
Em cada praça das tuas
C’uma voz que se não cala
E faz eco em tuas ruas!

Mas é, no Templo de Diana
Honrando a velha memória
Que a tal voz mais se ufana
Vinda do fundo da História!

Oh! Évora, tu tens feitiço!
E tens mouras encantadas
Que moram sem dar por isso
Nas tuas casas caiadas...

Olho-as e sinto a emoção
Do peregrino que passa
Com saudades do teu pão,
Que é vida feita canção
E que tu dás a quem passa!



1º Prémio do Programa da Antena Um (RDP 
“Praça  Pública” de 28/11/93



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