Oh! Évora, que linda és
Com o mar dos teus
trigais
A ondular de lés a
lés...
Como se houvesse marés
Tão longe dos areais!
Em ti, Évora, há tal
encanto
Que ao ver os teus
vitrais
Eu fico mudo de
espanto...
E volto logo, uma vez
mais.
Toda de branco caiada
Minha princesa
mourisca!
És tão bela e recatada
Que não há quem te
resista!
Eu sinto que a história
fala
Em cada praça das tuas
C’uma voz que se não
cala
E faz eco em tuas
ruas!
Mas é, no Templo de
Diana
Honrando a velha
memória
Que a tal voz mais se
ufana
Vinda do fundo da
História!
Oh! Évora, tu tens
feitiço!
E tens mouras
encantadas
Que moram sem dar por
isso
Nas tuas casas
caiadas...
Olho-as e sinto a
emoção
Do peregrino que passa
Com saudades do teu
pão,
Que é vida feita canção
E que tu dás a quem passa!
1º Prémio do Programa da Antena Um (RDP
“Praça Pública” de 28/11/93
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