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terça-feira, 27 de maio de 2014

À derrota histórica, não se opôs uma vitória histórica!



Novo ciclo? - Onde é que está?

Do justo e duro Pedro nasce o brando
- Vede da natureza o desconcerto! -
Remisso e sem cuidado algum Fernando,
Que todo o Reino pôs em muito aperto;
Que vindo o castelhano devastando
As terras sem defesa, esteve perto
De destruir-se o Reino totalmente,
Que um fraco Rei faz fraca a forte gente.

Camões, in, Lusíadas - Canto III. 138





Hoje, António Costa, que se dispõe - finalmente - a liderar o Partido Socialista, disse uma grande verdade ao referir-se às eleições do passado dia 25 de Maio para o Parlamento Europeu: "à derrota histórica que a direita sofreu não correspondeu uma vitória histórica do PS!

Diz o povo: "à terceira é de vez" - e foi, -  porque já em 2011 e 2013, António Costa ponderou a candidatura contra António José Seguro, que se cobriu de ridículo com a proclamação de uma vitória - como se o fosse e não era de todo -  pela magreza dos números já então conhecidos, algo que se poderia desculpar a Francisco Assis, que em cima do fecho das urnas, alto e bom som, chamou de "vitória estrondosa" ao que não se veio a confirmar.

Portugal dispensa, no tempo que passa tontas euforias de vitórias, mesmo, ainda, que elas existissem, porque todos andamos de tal modo derrotados que não há vitórias que cheguem para nos animar, mas tão só, o trabalho sério e aturado dos políticos e do povo em geral, para erguer, paulatinamente a auto-estima que tem de ser construída de baixo para cima - com todos os portugueses - e não com alegrias esfuziantes que cheiram a falso como a que nos foram dadas por alguns socialistas no Domingo passado, como a que quis transmitir o seu secretário-geral, que valha a verdade, na sua bússola política nunca encontrou o norte... julga-se por ter usado a bússola velha de um tempo antigo e que não volta mais, o que é de espantar num jovem como ele é.

Na sala que o aplaudiu, pateticamente, no Domingo passado, havia um cartaz onde se lia a palavra MUDANÇA - julga-se, que a pedir a demissão do actual Governo - só que, a tal mudança, afinal, se era um desejo para fora, vai ter efeito para dentro, como tudo deixa a crer!

Coisas que a vida tece!

António Costa, parece, olhar com bonomia para a esquerda.
Será que o seu olhar recai no Partido Comunista?

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