“Tá-mar!” Tá-mar!”
E todo o imenso cachão
Da onda que enrola e bate
Fecha a água num montão
Quando prepara o combate.
E o homem da Nazaré,
O pescador altaneiro,
Põe-se na proa de pé...
E o barco fura certeiro!
Só que às vezes acontece
Ser o novelo de tal sorte
Que as malhas onde se tece
Tem fios que enrolam a morte.
Nazaré: se eu pudesse
Dáva-te um mar mais pequeno
Onde a pesca acontecesse
Sob um cachão mais sereno!
E onde tu, por teres passado
Tanto engano e tanta dor
Bailasses um vira mandado
Pela voz do meu amor!
14/2/88
Trabalho enviado ao Programa
"Passeio das Virtudes" da Antena Um
Sem comentários:
Enviar um comentário