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domingo, 18 de maio de 2014

Estamos mais pobres.



Gravura de Rafael Bordalo Pinheiro 
em "O António Maria" de 7 de Setembro de 1882


Há três anos, relembre-se, quando José Sócrates quase levava o país à bancarrota e teve que ir de mão estendida pedir o auxílio financeiro da troika, o défice português estava nos 9,1% do PIB, o que significava um gasto excessivo anual de 16.175 milhões de euros – ou, traduzindo por miúdos, um aumento da dívida de 44,4 milhões de euros por dia. Algum país é sustentável com tais níveis de endividamento, ano após ano? Portugal conseguiu baixar o défice, no final de 2013, para 4,9% do PIB e um saldo anual negativo de 8.121 milhões de euros. Quase metade do que era – e, ainda assim, continua a fazer crescer a sua dívida em cerca de 22 milhões de euros todos os dias...

in, Sol - José António Lima, com a devida vénia.


Estamos mais pobres.
E é verdade.
O que espanta é que, são muitos daqueles que ajudaram a meter Portugal no buraco que o dizem!
Efectivamente, estamos mais pobres porque vivemos a ilusão duma riqueza utópica, cujo grande prejuízo foi o de nos dar os falsos valores que costumam ter todos os que se ufanam daquilo que não têm.
Que nos sirva a lição, sobretudo que sirva a todos aqueles que no momento têm o dever de governar Portugal e todos os que vierem a seguir.
Não merece a pena apontar culpados, mas merece a pena que tomemos consciência do buraco - que só não aconteceu - pela malfadada "troika", tão vilipendiada, nos ter ajudado, como se fosse de boa educação tratar mal quem nos serve num momento de aflição!
Tomemos como de boa nota que o capital, em qualquer tempo, nunca teve rosto... e quem se põe a jeito sofre as consequências.
É por isso que estamos mais pobres!


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