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segunda-feira, 5 de maio de 2014

O que dizem agora os assinantes do "Manifesto dos 70... ou 74"?



Comentando o anúncio da "saída limpa" do resgate a que Portugal se viu obrigado em 2011, feito ontem pelo Primeiro-Ministro Passos Coelho, o Presidente da República, escreveu isto no Facebook:

O que mais me vem à memória, no dia de hoje, são as afirmações peremptórias de agentes políticos, comentadores e analistas, nacionais e estrangeiros ainda há menos de seis meses, de que Portugal não conseguiria evitar um segundo resgate. 

O que dizem agora?

Neste tempo pré-eleitoral é apenas isto que respondo a todos aqueles que pedem a minha reacção ao anúncio de ontem de que Portugal não recorrerá a qualquer programa cautelar, ao mesmo tempo que lhes recomendo a leitura integral – e não truncada – do prefácio que escrevi para Roteiros VIII, disponível na página oficial da Presidência da República na Internet.

Pois, é.
O que dizem agora?
Boa pergunta.

Os da esquerda radical não auguram nada de bom, como é natural, mas espanta que o Partido Socialista que teve como comentador das palavras de Passos Coelho, o seu Secretário Geral, António José Seguro, tenha dito o que disse, embora achasse que a "saída limpa" desde sempre assim a havia entendido...

Esqueceu-se, no entanto, que messe antes falava de "mutualidades" um modo envergonhado de não dizer claramente, a necessidade da renegociação da dívida, como diziam às claras os coriféus da esquerda radical, mas este fugir enviezado foi  um hábito que sempre teve ao longo dos três anos que durou o cumprimento do resgate: nunca dizer toda a verdade do seu pensamento, o que não admira, porque tal prática - em Portugal - faz parte da cartilha do cinismo político que já dura desde os tempos do Liberalismo, mas que foi sobejamente refinado pela República da primeira água e pela que hoje temos...

Era bom, no entanto, que as águas fossem mais límpidas!

Concluindo, diremos, que vamos ter um longo caminho a percorrer para (re)colocar Portugal no bom caminho, mas algo aprendemos: não podem voltar a haver despesas sumptuárias como as que nos colocaram em 2011, aquando da assinatura do resgate, a ter nos cofres públicos, apenas, uns miseráveis 300 milhões de euros... que não davam, para solver as necessidades do mês seguinte!

Que fique a lição que tem de ser para todos: governantes e governados.


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