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terça-feira, 7 de novembro de 2017

Perguntas sobre o SIRESP?


www. sapo.pt de 7 de Novembro de 2017
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Pelos vistos o Estado executivo adjudicou - de vez em 12 de Março de 2015 - pela pena do actual primeiro.ministro, António Costa a compra do SIRESP... que, afinal, não dá informação em tempo real de incêndios..
Mas, então, para que serve o SIRESP?

Leiamos esta transcrição:

O SIRESP foi inicialmente adjudicado a um consórcio liderado pela Sociedade Lusa de Negócios (SLN) em 2005, por um valor de 538,2 milhões de euros. O despacho da adjudicação (estabelecendo uma parceria público-privada) foi assinado pelo então ministro da Administração Interna, Daniel Sanches, no dia 23 de fevereiro de 2005, ou seja, três dias após as eleições legislativas que resultaram na vitória por maioria absoluta do PS de José Sócrates. Daniel Sanches exerceu cargos de administração na SLN antes de ter sido ministro no Governo liderado por Santana Lopes.

Mas não foi o único despacho de Sanches relativo ao SIRESP. No “Diário da República” de 29 de março de 2005 foi publicado um novo despacho (assinado no dia 2 de março), através do qual Sanches conferia à secretaria-geral do Ministério da Administração Interna o estatuto provisório de entidade gestora do processo, de forma a ter poderes para a celebração do contrato com a sociedade operadora, isto é, a SLN, concorrente única.

Os dois despachos foram assinados por Daniel Sanches, nas funções de ministro da Administração Interna, numa altura em que o Governo estava em gestão corrente. O mesmo Daniel Sanches que exerceu cargos de administração na SLN (e em empresas do grupo como a Plêiade e a Esegur) ao longo de oito anos, até ser nomeado para o Governo de Santana Lopes.

O consórcio liderado pela SLN (no qual se incluíam a PT, a Motorola e a Esegur) foi o único que participou no concurso porque as outras quatro empresas (entre as quais a Siemens, a Nokia e a Elocom) convidadas pelo Governo (liderado por Durão Barroso) a apresentarem propostas desistiram logo na fase prévia. Em julho de 2003, o Governo convidou cinco empresas de telecomunicações a apresentar propostas para o negócio, mas apenas o consórcio vencedor remeteu um projeto. Depois de terem pago 15 mil euros pelo programa de procedimentos, os restantes participantes desistiram, alguns deles alegando que o concurso já estaria previamente decidido.


Após a tomada de posse do novo Governo, a 12 de março de 2005, António Costa assumiu o cargo de ministro da Administração Interna e decretou a nulidade da adjudicação do antecessor, com base num parecer da Procuradoria-Geral da República. Porém, decidiu mais tarde renegociar o contrato (incumbindo o seu “melhor amigo”, o advogado Diogo Lacerda Machado, dessa missão) com o mesmo consórcio liderado pela SLN, acabando por confirmar a adjudicação definitiva do SIRESP, embora por um valor ligeiramente mais reduzido: 485,5 milhões de euros, menos 52,5 milhões de euros do que o contrato assinado por Sanches.
                                                     in, Jornal Económico de 27 de Junho de 2017
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António Costa - como tem gostado de fazer como chefe do actual governo é reverter o que vem de trás porque só ele e aqueles que o acolitam têm a "varinha mágica" de por tudo a rolar em cima da linha -  e é, por isso, lendo esta noticia do "Jornal Económico" acima transcrita que aquilatamos que ele decretou a nulidade da adjudicação do antecessor, escudado na PGR - temos de o dizer em honra da verdade - renegociando o assunto!!!...para comprar mais barato, menos 52,5 milhões de euros... só que a fazer fé no que diz o actual Ministro da Administração Interna, o SIRESP não dá informação em tempo real de incêndios, como agora é concluído.

E as 110 pessoas que morreram e as centenas de casas destruídas. esquecendo a florsta ardida, não são um libelo acusador que se vira contra o SIRESP que falhou onde devia estar activo?

E ninguém é culpado?
Esta pergunta nasce de quem tem a alma ferida por ver o seu torrão natal em parte destruído, razão porque me apraz, ainda, perguntar:

Se é assim... se não serve para ser útil em tempo real de incêndios, porque se gastaram 485,5 milhões de euros na sua compra?

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