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segunda-feira, 13 de novembro de 2017

À atenção do Senhor Presidente da República.

in, rr.sapo,pt de 13 de Novembro de 2017
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Porque tenho a alma ferida por ter assistido, no tempo recente, à continuidade endémica do abandono das populações rurais - e pelos vistos, por algum desleixo de quem tinha o dever de as proteger ao nível do Estado que as representa institucionalmente - a que acresce o facto de ter visto a minha terra natal do martirizado concelho de Pampilhosa da Serra meia destruída pelos incêndios de 15 e 16 de Outubro e saber:

Que o meu concelho - dos maiores do País em área territorial -  ficou abandonado à sua sorte, com os seus 57 bombeiros e 14 carros de combate, não me posso calar por saber que na vizinha Galiza, onde as vítimas mortais dos incêndios - felizmente para os seus naturais, não têm qualquer comparação com os nossos 110 mortos - num ápice, as autoridades galegas deitaram mão e passaram à reconstrução daquilo que o flagelo arruinou.

A foto acima reproduzida e  a legenda que lhe dá sentido, diz tudo.
E eu o que direi?
Apenas isto: 

Que o Senhor Presidente da República não dê como tem acontecido e na minha opinião - por demais - cobertura pública a este governo, pelos seguintes motivos que são do conhecimento geral: 
  • O incêndio de Pedrógão Grande a que se junta, 
  • O roubo do material de guerra de Tancos, que o próprio Ministro da tutela sugeriu - irresponsavelmente - não ter havido furto algum, para depois o mesmo aparecer - misteriosamente - até acrescido de material a mais...
  • Os incêndios de 15 e 16 de Outubro, na orla costeira, no Centro e Norte de Portugal 
  • E mais recentemente, o ocorrido com o surto de "legionella" no Hospital de S. Francisco Xavier, que sendo público, as mortes ali registadas são um grito que se vira contra o Serviço Nacional de Saúde (SNS) que o governo gere através do respectivo Ministério.
  • E, há dias (10 de Novembro) a realização do jantar anómalo da Web Summit, no Panteão Nacional...
É demais!

Não pode haver desculpa para manter relações que não sejam as impostas pela Lei Fundamental com um governo destes, que vive à sombra de uma extrema esquerda inábil, mas profundamente calculista politicamente falando, que a ter acontecido tudo quanto sabemos com um outro governo - de direita como eles dizem à boca cheia - o teriam "mimado" com os nomes que só eles sabem, especialmente, no acontecido no Hospital de S. Francisco Xavier, onde não faltaria o anátema do desinvestimento público e as mortes ali havidas acossadas a esta falta de verbas.

Falta de verbas, que afinal existem com as cativações havidas pelo respectivo Ministério para agrado de Bruxelas - de que  que  só foi bom aluno o chefe do anterior Governo, quando andava a salvar Portugal de três em três meses avaliado pela "troika" - porquanto, e a verdade tem de ser dita, as cativações, sendo compreensivelmente aceites enquanto  veículo orçamental, este governo tem sido pródigo na sua arrecadação, em várias áreas da governação e de que maneira no Ministério da Saúde.

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