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quinta-feira, 13 de novembro de 2014

"Vós sois o sal da terra"







Senhor Jesus:
Seguindo a sabedoria que usavas para que compreendessem tudo o que dizias
e porque sabias que era costume na Palestina do Teu tempo, apanhar-se sal
nas margens do Mar Morto... muito dele sem préstimo, por ser impuro,
Tu, Senhor, sabendo que tudo quando dizias era são e era bom para todos,
num certo dia, no meio de uma reunião com  os Teus apóstolos
disseste-lhes, esta coisa aparentemente estranha: 

      Vós sois o sal da terra.

E nesta alegoria, o sal de que falaste, ao invés do outro, impuro e sem sabor
que era deitado no monturo,
tinha, no modo singular como costumavas falar das coisa santas de Teu Pai,
toda a pureza, pois era assim que devia ser  preservada a Tua Palavra.

Senhor Jesus:
Faz que sejamos hoje, neste tempo magro  e amarguradamente ensosso
como foram os teus apóstolos - sal da terra.
Faz que à nossa volta, o mundo que passa, tão necessitado de um novo sabor
que dê à vida um outro encanto e um outro modo mais puro de a viver,
aprenda, que só o sal de que falaste é que pode renovar a vida interior,
pois só ele é que tem um sabor eterno e pode purificar todos os caminhos.

É preciso - e Tu bem  sabes - que os homens ponham um colorido mais vivo
em todos os seus passos...
ajuda-nos, por isso, Senhor, a pôr os nossos pés em cima dos Teus sinais!
Ajuda-nos a estar do Teu lado... a ser Contigo um sal precioso neste mundo.
Faz, Senhor, que o nosso gesto seja sempre o de dar gosto à vida.

Para tanto, faz que a nossa fé se leia, muito mais que nas nossas faces,
em cada um dos nossos comportamentos... mesmo nos mais vulgares!
Faz, que sejamos, com a Tua Palavra um alimento sempre temperado,
pois, de que nos serve andarmos por aí, comendo fartos manjares
se neles está ausente o sal que Tu quiseste, fossem os Teus apóstolos?

De que nos servem os momentos de alegria... se no fim o gosto que fica
é um sentimento de culpa, de não Te termos levado connosco para a vida?
Faz, Senhor, que a diferença entre um crente e aquele que não crê em Ti,
seja precisamente o sal da terra... aquilo que dá sentido à nossa fé.

Faz, Senhor, que este mundo que é, em tantos lugares, um Mar Morto,
com margens corrompidas e onde flui o sal impuro que a nada dá sabor,
refresque as águas paradas e das suas margens renasçam os homens novos
que sejam sal da terra!

Faz, Senhor, que eu seja, embora indigno da grandeza dos Teus apóstolos
um punhado de sal... pequenino...
mas que possa, com ele,  dar um renovado sabor dentro do meu lar,
no meu emprego, na fila do autocarro que tarda sempre ao fim da tarde
e seja assim, também,  dentro da Igreja onde costumo ouvir a Tua Palavra.
Faz, Senhor, que eu seja sal da terra e tenha um  sabor novo...
e, por ele, eu seja novo em cada dia,
para ser - como desejo - glorificado por Ti, no momento em que a minha alma
subir, pressurosa, na  última procura que há-de fazer da Tua face!



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