Gravura do Jornal extinto "O Zé" de 21 de Novembro de 1911
É endémica a doença de Portugal!
Começo a acentuar-se com a chegada do Liberalismo de 1820 e nunca mais teve cura, pesassem embora, os mil e um cirurgiões - diga-se políticos - que têm observado Portugal, mas sem nunca ter curado o doente, carregado de dívidas e de sonhos desfeitos.
O doente, assim continua na actualidade.
A gravura que se reproduz é de 1911, quando os republicanos revolucionários prometeram o pão a pataco, e a salvação deste jardim à beira mar plantado das garras monárquicas, num engano profundo ao povo que, deitado e devidamente anestesiado, se deixou operar embalado numa esperança de melhores dias que nunca aconteceram, especialmente, enquanto durou o tempo da 1ª República.
No Interregno, longo demais, aconteceu o mesmo.
O povo continuou anestesiado e mal curado do mal endémico que persegue Portugal como se fosse uma praga.
Hoje, perfilam-se "novos médicos" de um "hospital" que afirma ser o Pronto Socorro (PS) e que dizem, nos está faltando, mas que num tempo bem recente provou não ter "médicos" à altura, porque abriram de tal modo o ventre do doente que este teve de recorrer ao estrangeiro para curar a ferida aberta, a esvair-se, de tal modo que foi precisa uma transfusão de sangue novo - leia-se euros - para que o doente, pelo menos, continuasse vivo.
Vivos, estamos, efectivamente, mas vamos continuar doentes com os "médicos" que se perfilam no horizonte político!
Porque não se cruzam as boas vontades e o saber dos melhores?
É um mistério português.
Vivemos isolados uns dos outros, cada um dono da sua quinta e com a agravante de erguer entre elas muros altos, para que a vizinhança nem sequer se aproxime, mas sem que cada um cuide que todos sofremos da mesma doença endémica que salta por cima dos muros das suas quintas e dos pequenos quintais!
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