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terça-feira, 18 de novembro de 2014

Sinos do Natal






Poesia publicada pelo Jornal já extinto "O Ze" de 28 de Dezembro de 1915


Esta poesia dedicada ao nascimento do Menino-Deus é autenticada, julgo pelo eminente dramaturgo, D. João da Câmara, falecido em 1908, pelo que - a ser ele o autor como é presumível - a poesia foi postumamente publicada.

Tem o condão e a arte de nos deixar, ainda hoje, pelo facto que ela sustenta ser intemporal, repetindo-se todos os anos e, como tal, o grande acontecimento ser sempre saudado com loas, como esta, que de um modo simples - como é próprio - não deixa de retratar o excelso momento da Humanidade, vivido há tantos anos em Belém, cujo nome quer dizer "terra do pão", porque ali nasceu um Menino que havia de saciar a fome da longa espera, sete séculos antes anunciada pelo profeta Isaías, mas desde a primeira aurora dos tempos presente na mente de Deus.

Os "Sinos do Natal" que reproduzimos com a devida vénia de um Jornal já extinto e que, na linha editorial se destinou a criticar o mundo dos homens, especialmente, o da política do tempo, não deixa de ser, pela postura respeitosa como o Poeta tratou o Natal de 1915, um meio, naquele momento em que Portugal andava envolvido na I Grande Guerra, para lembrar a Paz perdida - e o grande disparate do conflito - mostrando aos homens que o Menino que se saudava naquela quadra natalícia veio com uma condição, entre muitas outras que nos deixou: 

Ensinar o bom caminho, como refere o último verso de D. João da Câmara, algo que os homens - como os que haviam provocado a guerra que se travava, no momento -  como todas as que têm havido depois daquela e de todas as convulsões não declaradas oficialmente, são o produto de se continuar a ignorar Jesus, e o bom caminho que ele quis, fosse o de todos os homens.

Que este Natal que se aproxima seja o de um caminho como Ele quis que acontecesse em todos os lados e com todos os homens!


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