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sábado, 22 de novembro de 2014

VII Estação - Jesus cai pela segunda vez




Senhor: 
havias atingido a rua mais baixa da cidade
onde começava a subida a caminho da muralha
que dava para os penedos brancos e lisos,
que assinalavam o local
onde se havia de erguer o Altar do Sacrifício.

Dobrado ao peso da Cruz,
foi assim que deste os primeiros passos
que te haviam de levar à clareira do Gólgota,
acompanhado de apupos e de incitamentos torpes:

Anda... caminha... que se faz tarde!

Na mente dos teus inimigos não havia lugar para Ti no mundo
e, porque àquela hora já haviam começado os preparativos
das festas pascais, do alto do Templo, as trombetas
já haviam dado sinal do começo das festividades.

Percebeste tudo isto e olhaste o caminho...
Como era íngreme a subida que dava para o Calvário!
E sentiste-Te fraquejar...
O peso dos acontecimentos mais recentes
de onde avultava o abandono a que foras votado
pesou demais sobre os Teus ombros; mais que o peso da Cruz!

Dobraste um dos joelhos... e logo de seguida
o Teu Corpo quebrado cedeu e caíu!
Sinistros, os fariseus, os soldados e o povoléu anónimo
que se apinhava em filas ao longo da ladeira
ergueram brados raivosos... gritos estridentes:

Levanta-Te e anda que se faz tarde! 

e empurravam-Te para a frente,
sem que lhes viesse ao pensamento
que naquela Cruz caída por terra,
convergiam naquele princípio da tarde 
                                 todos os pecados dos homens
incluindo os daqueles que Te diziam asperamente:

Levanta-Te e anda que se faz tarde!

E Tu, Senhor, humílimo, levantaste-Te e continuaste o caminho...
fazia-se tarde e não querias estragar a festa dos teus verdugos!




Senhor Jesus:
quando eu cair... uma vez mais, dá-me a tua força.
Que o Teu exemplo me faça sempre subir a ladeira
por onde passa o caminho do Pai.

Senhor Jesus:
que o Teu sacrifício nos sirva de lição...
sabendo,
que é sempre o Pai
que mostra a direcção certa
por onde devem passar os caminhos dos homens!



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