Senhor:
havias atingido a rua
mais baixa da cidade
onde
começava a subida a caminho da muralha
que
dava para os penedos brancos e lisos,
que
assinalavam o local
onde
se havia de erguer o Altar do Sacrifício.
Dobrado
ao peso da Cruz,
foi
assim que deste os primeiros passos
que
te haviam de levar à clareira do Gólgota,
acompanhado
de apupos e de incitamentos torpes:
Anda... caminha... que se faz tarde!
Na
mente dos teus inimigos não havia lugar para Ti no mundo
e,
porque àquela hora já haviam começado os preparativos
das
festas pascais, do alto do Templo, as trombetas
já
haviam dado sinal do começo das festividades.
Percebeste
tudo isto e olhaste o caminho...
Como
era íngreme a subida que dava para o Calvário!
E sentiste-Te
fraquejar...
O
peso dos acontecimentos mais recentes
de
onde avultava o abandono a que foras votado
pesou
demais sobre os Teus ombros; mais que o peso da Cruz!
Dobraste
um dos joelhos... e logo de seguida
o
Teu Corpo quebrado cedeu e caíu!
Sinistros,
os fariseus, os soldados e o povoléu anónimo
que
se apinhava em filas ao longo da ladeira
ergueram
brados raivosos... gritos estridentes:
Levanta-Te e anda que se faz tarde!
e empurravam-Te para a frente,
sem
que lhes viesse ao pensamento
que
naquela Cruz caída por terra,
convergiam
naquele princípio da tarde
todos os pecados dos homens
todos os pecados dos homens
incluindo
os daqueles que Te diziam asperamente:
Levanta-Te e anda que se faz tarde!
E
Tu, Senhor, humílimo, levantaste-Te e continuaste o caminho...
fazia-se
tarde e não querias estragar a festa dos teus verdugos!
Senhor
Jesus:
quando
eu cair... uma vez mais, dá-me a tua força.
Que
o Teu exemplo me faça sempre subir a ladeira
por
onde passa o caminho do Pai.
Senhor
Jesus:
que
o Teu sacrifício nos sirva de lição...
sabendo,
que
é sempre o Pai
que
mostra a direcção certa
por
onde devem passar os caminhos dos homens!
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