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quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Um namoro descarado!



Gravura do jornal já extinto "O Zé" de 22 de Junho de 1915


A História - alguém o disse - é um repetir de cenas já passadas, e que, de vez em quando, voltam a estar na moda, reescrevendo-a, nem sempre com as cenas edificantes que se impunham, mas com aspectos em que, apenas, mudam os personagens e o cenário de um novo teatro onde se representa a mesma cena, mudados os cambiantes e os modos,

Na altura, a fazer fé na velha gravura, (1915) um insidioso cavalheiro, promíscuo e corrupto, com ares de quem tudo julgava comprar, incluindo a honra e o dever, com o seu ar de janota onde apenas destoa o seu rosto alvar, tenta comprar o Poder personificado na velha senhora, que olhando-o de soslaio, recusa deixar-se vender.

Hoje, tudo mudado - felizmente - há quem, por aí, descaradamente, parece ignorar o avanço dos tempos, onde a Democracia impõe a sua lei e continue a ter um namoro descarado na compra dos votos, bajulando o Poder com promessas de refazer o que outros fizeram - ainda que bem feito para salvação do povo no seu conjunto - mas na ânsia de satisfazer núcleos bem determinados onde a caça ao voto - como se fossem perdizes -  se julga mais profícua, quanto ao número que é preciso obter.

Falo do que se passa com o Partido Socialista. em que António Costa, sem qualquer senso que não seja o de iludir os menos atentos, confunde a gestão que faz do Município de Lisboa com a gestão que o Governo tem de fazer do País, o que nos dá ideia de como ele confunde realidades que de modo algum se podem por em confronto.
Claro que ele sabe que não é assim... mas a demagogia na caça ao voto serve para tudo, até para a insensatez!

É evidente, que a gravura que se reproduz não retrata fielmente a época que se vive, mas a caricatura da personagem - salvo todos os atributos malévolos que acima se fizeram -  deixa, contudo, como uma evidência o namoro descarado ao Poder, onde não faltou o assalto a um poder democraticamente instituído dentro do seu próprio Partido.
Quem mal começa, mal acaba - diz o povo - ou será que desta vez a sabedoria milenar não vai ter razão?


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