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sábado, 15 de novembro de 2014

Fazer o bem, um meio secundário para ter a graça de Deus!



Gravura de um diaporama que a amizade fez chegara até mim
 e que uso, com a vénia devida ao seu autor


"Digo-vos: praticai o bem. Porquê? O que ganhais com isso? Nada, não ganhais nada. Nem dinheiro, nem amor, nem respeito, nem talvez paz de espírito. Talvez não ganheis nada disso. Então por que vos digo: Praticai o bem? Porque não ganhais nada com isso. Vale a pena praticá-lo por isto mesmo."

Fernando Pessoa


E não nos cansemos de fazer bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido.

S- Paulo, in, Gálatas 6, 9

Distanciados no tempo e no espaço Fernando Pessoa e o Apóstolo S. Paulo falam do mesmo modo, um e outro irmanados no mesmo sentir quanto ao bem que todos temos direito de fazer em ordem à nossa realização pessoal, mas no gregário da vida, em ordem ao bem comum.

Diz o povo na sua imensa sabedoria: Fazer o bem sem olhar a quem, o que prova que nesta frase vai intacto o perfume de Deus que capacita o homem em pensar muito mais no bem que lhe cabe fazer, porquanto é dessa atitude que nasce o facto de se sentir melhor consigo mesmo e com o mundo que o rodeia, razão de peso que levou Henry Thoreau do alto do seu pensamento a proclamar a verdade de ser preferível cultivar o respeito pelo bem que o respeito pela lei, porquanto o homem que faz o bem com medo da lei o punir não é um ser livre pelo facto de ter hipotecado o seu coração à lei do mundo e não à Lei de Deus.

Com efeito, o bem assim praticado é, seguramente, o meio secundário que leva ao cumprimento pleno da Lei eterna, escrita a letras doiradas no primeiro acordar do homem.

Pena que essas letras no decorrer da vida se vão embaciando...

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