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sexta-feira, 21 de novembro de 2014

A obra do PS e o PSD era tão reles que não chegou a durar um dia!



 - Ou sais da minha frente ou levas com a moca!

Gravura do Jornal já extinto "O Zè" (data desconhecida)


Interpretação livre desta velha gravura em cima dum momento actual


O oficial, ostentando com orgulho as duas dragonas tremulando-lhes sobre os ombros, emplumado como um pavão, condecorado como se pode ver pela faixa vermelha, e de espadachim em descanso, depois de ter travado uma guerra sem glória, embora a tenha vencido pelo poder das "armas" que na refrega estiveram em maioria - porque a aprovação da lei fazia ao seus apetites económicos anteriores e futuros dos políticos - representa na postura, o conjunto uno e anómalo do Partido Socialista (PS) e do Partido Social Democrata (PSD), após a aprovação das subvenções vitalícias dos políticos.

O oficial apresenta-se com ar de quem tenta convencer o povo - prefigurado no homem simples, de botas grosseiras, calças e camisa a condizer e de chapéu dasabado - estando a mão direita do oficial a dizer pelo gesto o que a sua boca, só a custo podia proferir!

O homem, com ar de poucos amigos, muniu-se da moca - a arma mais antiga que se conhece e e ele guarda em casa para os momentos precisos - e diz com ara azedo, exibindo toda a sua zanga, cheia de razão:

- Ou sais da minha frente ou levas com a moca!



A ameaça - que era apenas disso que se tratava porque o povo é bom, mas não é parvo - resultou.

Hoje, dia 21 de Novembro do ano da graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, o PS e o PSD, na Assembleia da República, recuaram perante o dislate num tempo em que se cortam reformas ao povo, e mandaram às malvas a votação de ontem que repunha as subvenções vitalícias dos políticos, desistindo da sua aplicação.

Se os dois Partidos - os maiores da Democracia portuguesa - tivessem vergonha e, sobretudo, bom senso, num tempo de vacas magras em que Portugal está endividado perante a banca estrangeira que nos livrou da bancarrota, jamais teriam tido a desfaçatez de terem aprovado tal lei.

Que este facto não seja esquecido.

E que o poder da falta de vergonha lhe suba ao rosto, afivelada, mas de tal modo, que lhes deixe bem marcados os sinais do dia de ontem, onde andou no nobre anfiteatro do Parlamento que tantos tribunos já honraram, o diabo à solta nos deputados que aprovaram a lei estulta, como se tivessem feito uma obra de vulto.

Viu-se, afinal, que a obra era tão reles que não chegou a durar um dia!


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