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sexta-feira, 28 de novembro de 2014

A gestão do tempo que Deus nos dá.



Deus é fiel... e nós como agimos na gestão do tempo recebido?


A marcar a paginação de um dos meus livros encontrei esta história - sem autor identificado - e sem eu saber o meio que a depositou nas minhas mãos.

Porque se trata de uma reflexão sobre o modo como, tantas vezes desperdiçamos o nosso tempo, sem cuidarmos como avisadamente nos aconselha Jean Commerson, que ele é uma locomotiva que nos conduz a uma certa estação na qual não há bilhetes de volta, o que, convenhamos, nos devia inquietar, na certeza que todos temos o direito - mas também o dever que nem sempre lembramos - de viver com inteligência o tempo de Deus nos deu para podermos usufrui-lo, pensando que no fim de uma qualquer viagem lúdica não podemos ficar parados por ser forçoso o retorno, tal como relógio que no fim de cada dia assinala sempre um dia novo.

O tempo devia ser entendido como a melhor prenda recebida numa embalagem  - sempre rica - mas que a nossa distracção nem sempre abre na hora certa, o que nos leva a concluir, que apesar de sabermos que o tempo nunca deixa parar o relógio em todos os dias da existência, o modo como o vivemos faz que existam casos em que o tempo não chega a tempo por via de não termos aberto - no tempo exacto -  a prenda recebida.

Mas vamos à história...

Imagina que tens uma conta num banco e que, esse banco, todas as manhãs adiciona à tua conta 86. 400,00 €. Esse estranho banco, contudo, não transfere o teu saldo de um dia para o outro, isto é, todas as noites apaga da tua conta o dinheiro que não gastaste.

Se tal te acontecesse, que farias?
Imagino que gastarias todos os dias o dinheiro que te era oferecido, não é?
Pois bem, esse banco existe mesmo! 
O seu nome é TEMPO e Deus é o dono desse Banco e eu, o Relógio Eterno, sou o gerente que ajo às ordens de Deus que todos os dias me manda depositar na tua conta 86.400 segundos. 
Podes usá-los como quiseres! 
Só não te permito que transfiras o que quer que seja para o dia seguinte. 
De facto não existe nenhum reforço do teu saldo diário. 
Dos segundos que eu lá deposito, aqueles que tu não usas são irremediavelmente inutilizados.


Sugere a história que todos os segundos devem ser utlizados, porque a vida sendo como é uma locomotiva que nos conduz a uma certa estação na qual não há bilhetes de volta, faz que seja de todo uma impossibilidade voltar atrás e refazer o caminho, razão suficiente para que vivamos os 86.400 segundos de cada dia com o fito nesta realidade, tendo-se em conta este outro e conspícuo pensamento de Hector Berlioz: O tempo é um grande mestre; tem, porém, o defeito de matar os seus discípulos, o que acontece quando desprezamos, quando devia ser utilizado, um só segundo que fosse.

Neste falhanço, se levarmos à letra o conceito do grande compositor, o tempo não perdoa.
Torna-se um assassino implacável.
Mas antes, já nós o fomos, matando-o às vezes, em tantas horas perdidas!


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