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segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Coisas da 1ª República (2)



Gravura do Jornal "O Zé" de 20 de Dezembro de 1910


No dia em que o jornal republicano "O Zé" publicou esta gravura alusiva ao livro de Guerra Junqueiro " A Velhice do Padre Eterno" onde o Poeta bate forte e feio na crença dos que vêem - ontem como hoje - na Igreja Católica um arrimo moral em defesa dos méritos que formam o homem em valores imperecíveis que, quer se queira quer não, garantem o respeito do homem pelo seu semelhante - em honra do Fundador da Igreja - o Jornal de critica monárquica e anti-religioso, não se coibiu - estando-se a poucos dias de ser celebrado o Dia de Natal - de publicar este verrinoso desenho, mostrando Guerra Junqueiro e tendo bem visível na sua mão a mostra do livro sob o título: quer se queira ou não lá se vai dobrando o Cabo das Tormentas, vendo-se em fundo uma nau e desfraldada a bandeira portuguesa.

O que eles não podiam adivinhar é que o Poeta se viria a arrepender de ter escrito este livro que tanto mal fez, como um dia o viria a confessar ao seu confrade João Grave, chamado por ele, à Rua de Santa Catarina, no Porto, quando a morte rondava o seu corpo mortal e, como João Grave relata no livro: OBRAS DE GUERRA JUNQUEIRO (1972) em edição de Lello & Irmão, nas páginas 957 a 976.

Aos primeiros republicanos tudo serviu para denegrir a Igreja e os seus servidores com a agravante de terem deixado escola...


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