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sábado, 29 de novembro de 2014

Coisas da I República (4)



Gravura do jornal já extinto "O Zé" de 20 de Junho de 1911


O Governo Provisório da I República Portuguesa, aprovou a "Lei da Separação do Estado das Igrejas" em 20 de Abril de 1911, tendo sido o grande impulsionador da ideia que culminou no acto - que tinha mais de ofensa do que o mero formalismo de separar as duas Instituições - Afonso Costa, Ministro de Justiça.

Entre a data da aprovação da lei e da publicação da gravura pelo jornal "O Zé" que então se publicava, Afonso Costa esteve gravemente enfermo.
O jornal fazendo-se eco de algum azedume do clero, não deixou de sob um despropositado e ofensivo do ponto de vista eclesial - ALELUIA - apresentar Afonso Costa como "ressuscitado" entre nuvens, o controverso e violento governante após a retomada das funções ministeriais, sabendo-se que ele, quer como parlamentar quer em funções do Estado nunca deixou de zurzir na Igreja e nos seus servidores eclesiásticos.

O caricaturista deu pela expressão das personagens, todo o ódio que enchia a Nação de uma forma que o relatou eficazmente, mas sem proveito para ninguém, que não tivesse sido o de aproveitar o momento para apoucar a Instituição - IGREJA -  que embora com os seus erros, representava todo um passado glorioso, vivido de mistura com os grandes momentos heróicos vividos pelos portugueses avoengos, que em guerras travadas em terra e mar levaram longe o nome de Portugal e, onde, a Igreja esteve sempre presente. 

Foi, possivelmente, um dos erros mais graves da I República, porque a Lei da Separação não tornou Portugal mais feliz ou próspero, bem pelo contrário, porque, qualquer povo que tire Deus do caminho, arrisca-se a encontrar o seu oposto.


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