Relógio da Vida
Trago preso no meu pulso
Sempre de roda, rodando,
Um ponteiro que a cada impulso
Os meus dias vai contando!
Às vezes, deixo-o esquecido
Na mesa de cabeceira.
Mesmo assim o atrevido
Gira sempre a roda inteira!
É um tonto este ponteiro
Sempre de roda, rodando.
E de tal modo matreiro
Que a vida me vai gastando!
Ponteiro, pára um momento.
Que em cada volta, certinha,
Sinto mais fraco o alento
E a vida... mais à noitinha!
1994 - Poema já publicado em a CA
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