Pesquisar neste blogue

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Relógio da Vida: Um poema



Relógio da Vida

Trago preso no meu pulso
Sempre de roda, rodando,
Um ponteiro que a cada impulso
Os meus dias vai contando!

Às vezes, deixo-o esquecido
Na mesa de cabeceira.
Mesmo assim o atrevido
Gira sempre a roda inteira!

É um tonto este ponteiro
Sempre de roda, rodando.
E de tal modo matreiro
Que a vida me vai gastando!

Ponteiro, pára um momento.
Que em cada volta, certinha,
Sinto mais fraco o alento
E a vida... mais à noitinha!


1994 - Poema já publicado em a CA

Sem comentários:

Enviar um comentário