O Equilibrio das Virtudes
O que pode a virtude de um homem não deve medir-se nos
momentos de esforço, mas na vida de todos os dias.
Não admiro o excesso
de uma virtude, como a coragem, se não vir ao mesmo tempo o excesso da virtude
oposta, como em Epaminondas, que tinha a extrema coragem e a extrema
benignidade. Pois de outro modo não é subir, é cair. A grandeza não consiste em
estar num extremo, mas em tocar os dois ao mesmo tempo e em preencher todo o
espaço intermédio. Mas talvez ela seja apenas um súbito movimento de alma de um
extremo ao outro, talvez nunca esteja em mais que um ponto, como o tição de
fogo? Seja; mas pelo menos isso indica a agilidade da alma, se não a sua
extensão.
Blaise Pascal, in 'Pensamentos'
Cícero chamou a Epaminondas acima citado por Pascal como "o primeiro homem da Grécia" pelo facto no seu labor de militar e político ter conseguido que depois da Guerra do Peloponeso, que Tebas reforçada pela guerra travada depois de alguns anos de lutas com Esparta o tivesse levado, depois de reestruturar Tebas, que esta "pólis" tivesse substituído Esparta como a maior das "pólis" da Grécia antiga, estando assim, não num dos extremos mas preenchendo, ao mesmo tempo todo o espaço pelo equilíbrio estabelecido entre o poder da força e a força da virtude da sua conduta humana.
A História deste general e político grego é complexa e não é este o lugar para a dissecar na sua plenitude, mas tão só, que esta citação de Epaminondas - a que não fugiu o pensador Pascal - serve para chamar a atenção que é no equilíbrio que está o dom da sabedoria humana, que deve fazer de todo o homem a ser o escultor da sua própria imagem equilibrada. pensando que de nada vale reclamar porque chove quando devia estar sol, mas agradecer a água da chuva por estabelecer o equilíbrio entre os dois acidentes da Natureza, nem reclamar por ir trabalhar mas saber, que é no trabalho produzido que está o sossego mental do usufruto económico que equilibra a vida, como é entre a decepção de um amigo que traiu a nossa amizade e no encontro de outro mais asisado que está o equilíbrio da sabedoria e não, no pensamento derrotista de todos - menos o próprio - serem homens desprezíveis.
É no ser fiel da balança equilibrando os seus pratos que se deve viver e, para tanto, Deus Criador teve a arte suprema de nos dar dois olhos, dois braços e duas pernas para que, nenhum olho desequilibrasse a visão que os dois devem ter, nem um dos braços fizesse de per si só aquilo que aos dois compete fazer e, do mesmo modo, as pernas, que devem marcar o compasso ritmado e não ir uma delas à frente e obrigar a perna atrasada, a desequilibrar a beleza da marcha.
A História deste general e político grego é complexa e não é este o lugar para a dissecar na sua plenitude, mas tão só, que esta citação de Epaminondas - a que não fugiu o pensador Pascal - serve para chamar a atenção que é no equilíbrio que está o dom da sabedoria humana, que deve fazer de todo o homem a ser o escultor da sua própria imagem equilibrada. pensando que de nada vale reclamar porque chove quando devia estar sol, mas agradecer a água da chuva por estabelecer o equilíbrio entre os dois acidentes da Natureza, nem reclamar por ir trabalhar mas saber, que é no trabalho produzido que está o sossego mental do usufruto económico que equilibra a vida, como é entre a decepção de um amigo que traiu a nossa amizade e no encontro de outro mais asisado que está o equilíbrio da sabedoria e não, no pensamento derrotista de todos - menos o próprio - serem homens desprezíveis.
É no ser fiel da balança equilibrando os seus pratos que se deve viver e, para tanto, Deus Criador teve a arte suprema de nos dar dois olhos, dois braços e duas pernas para que, nenhum olho desequilibrasse a visão que os dois devem ter, nem um dos braços fizesse de per si só aquilo que aos dois compete fazer e, do mesmo modo, as pernas, que devem marcar o compasso ritmado e não ir uma delas à frente e obrigar a perna atrasada, a desequilibrar a beleza da marcha.
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