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sábado, 5 de setembro de 2015

Ampulheta: Um poema de Miguel Torga.




AMPULHETA

Que tempo é o teu,
Que medes
Com princípio e fim?
O meu
Já antes era
E depois continua...
Rio barrento
De sofrimento,
Nasce onde desagua.

Chaves, 3 de Setembro de 1984
in, Diário XIV


Com as excepções que existem, os pigmeus - não na estatura mas na intelectualidade - é que se julgam grandes, mas estes quando o são na profundidade das suas raízes, como aconteceu com Miguel Torga, começaram onde acabaram, ou seja, longe das glórias vãs do mundo.

Nascem onde desaguam!
São estes. com efeito, os grandes homens!

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