in, Revista "Occidente" de 10 de Março de 1910
Monumento aos heróis da Guerra Peninsular, na cidade do Porto,
da autoria de António Alves de Sousa e José Marques da Sila
À esquerada arqº José Marques da Silva - À direita: escultor António Alves de Sousa
O recordar, hoje, este facto histórico devia aguçar em todos os portugueses o tempo vil que vivemos e no qual estas façanhas quase perderam todo o ênfase na nossa juventude escolar, quando deviam ser este e outros factos relevantes que nos deviam orgulhar de, um dia, fazendo das nossas fraquezas forças que a alma do povo foi buscar à gesta dos seus avoengos, conseguiram dominar e vencer o temível corso que queria dominar a Europa.
Foram muitos e bravos os heróis portugueses - que Rocha Martins descreve no seu livro "Episódios da Guerra Peninsular - sem esquecer os traidores da Pátria, que os houve naquela altura, como sempre os haverá.
Estão lá uns e outros perfeitamente identificados, mas os traidores não cabem neste belo monumento, nem mesmo nos seus alicerces, porque os traidores nem para isso servem.
Lixo que são, tornam-se desprezíveis, porque nada fundam.
Esta tarefa só está reservada àqueles que como os heróis da Guerra Peninsular deitaram por terra a "águia imperial" de Napoleão, que alguns - os traidores - diziam ser invencível.
No centro do jardim da Praça de Mouzinho de Albuquerque, no Porto,,
ergue-se este monumento comemorativo aos bravos destas lutas que tiveram como génese a "ordem" de Napoleão de Portugal aderir ao "bloqueio continental" com o fecho dos portos portugueses à Inglaterra e à prisão dos súbditos ingleses que viviam no Reino, o que não veio a acontecer.
Como é historicamente sabido, passando por cima da retirada da corte portuguesa para o Rio de Janeiro, em consequência Portugal esteve sujeito a três invasões militares, tendo o fecho da Guerra Peninsular, após a junção dos exércitos de Portugal e Espanha ocorrido na Batalha de Toulouse de 10 de Abril de 1814, acabando por fim a Inglaterra de reforçar a sua posição mundial ao derrotar Napoleão em Waterloo em 18 de Junho de 1815.
Em 1910 a Revista "Occidente"- que preencheu um longo espaço de tempo com a sua publicação - relatava deste modo a inauguração deste belo monumento em honra dos heróis que se bateram para sacudir o poderio militar da França de então.
O monumento é formado de uma imponente coluna sobre a qual se vê a águia napoleónica subjugada pelo leão lusitano.
Inicia-se sobre um baixo relevo de figuras movimentadas m atitude combate. Na bem lançada base do monumento agrupam-se figuras de soldados e populares, que todos entraram na tremenda luta, desenvolvendo grande acção combatente, expressiva e arrojada, lançando-se sobre o inimigo com bravura leonina. É quanto se observa nas figuras, em que se destaca uma e outra de mais intensa atitude, que impressiona fortemente o espectador. Esta impressão mais domina observando o grupo da frente do monumento, um dos lances de maior sentimentalismo, vendo-se soldados moribundos mas ainda tentando resistir, cavalos caídos, armas abandonadas, todos os destroços da luta, sobressaindo sobre este quadro de desolação a figura do Anjo da Vitória empunhando em uma das mãos um facho e na outra a bandeira da Pátria.
Como é historicamente sabido, passando por cima da retirada da corte portuguesa para o Rio de Janeiro, em consequência Portugal esteve sujeito a três invasões militares, tendo o fecho da Guerra Peninsular, após a junção dos exércitos de Portugal e Espanha ocorrido na Batalha de Toulouse de 10 de Abril de 1814, acabando por fim a Inglaterra de reforçar a sua posição mundial ao derrotar Napoleão em Waterloo em 18 de Junho de 1815.
Em 1910 a Revista "Occidente"- que preencheu um longo espaço de tempo com a sua publicação - relatava deste modo a inauguração deste belo monumento em honra dos heróis que se bateram para sacudir o poderio militar da França de então.
O monumento é formado de uma imponente coluna sobre a qual se vê a águia napoleónica subjugada pelo leão lusitano.
Inicia-se sobre um baixo relevo de figuras movimentadas m atitude combate. Na bem lançada base do monumento agrupam-se figuras de soldados e populares, que todos entraram na tremenda luta, desenvolvendo grande acção combatente, expressiva e arrojada, lançando-se sobre o inimigo com bravura leonina. É quanto se observa nas figuras, em que se destaca uma e outra de mais intensa atitude, que impressiona fortemente o espectador. Esta impressão mais domina observando o grupo da frente do monumento, um dos lances de maior sentimentalismo, vendo-se soldados moribundos mas ainda tentando resistir, cavalos caídos, armas abandonadas, todos os destroços da luta, sobressaindo sobre este quadro de desolação a figura do Anjo da Vitória empunhando em uma das mãos um facho e na outra a bandeira da Pátria.
O recordar, hoje, este facto histórico devia aguçar em todos os portugueses o tempo vil que vivemos e no qual estas façanhas quase perderam todo o ênfase na nossa juventude escolar, quando deviam ser este e outros factos relevantes que nos deviam orgulhar de, um dia, fazendo das nossas fraquezas forças que a alma do povo foi buscar à gesta dos seus avoengos, conseguiram dominar e vencer o temível corso que queria dominar a Europa.
Foram muitos e bravos os heróis portugueses - que Rocha Martins descreve no seu livro "Episódios da Guerra Peninsular - sem esquecer os traidores da Pátria, que os houve naquela altura, como sempre os haverá.
Estão lá uns e outros perfeitamente identificados, mas os traidores não cabem neste belo monumento, nem mesmo nos seus alicerces, porque os traidores nem para isso servem.
Lixo que são, tornam-se desprezíveis, porque nada fundam.
Esta tarefa só está reservada àqueles que como os heróis da Guerra Peninsular deitaram por terra a "águia imperial" de Napoleão, que alguns - os traidores - diziam ser invencível.
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