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sábado, 1 de fevereiro de 2014

Lembrar!... Lembrar!... É um dever!



"In Memoriam"

Perfazem-se, hoje, dia 1 de Fevereiro de 2014, 106 anos.
Não defendo o retorno da Monarquia, mas nunca aceitei que para implantar um novo regime se tivesse chegado tão longe, matando barbaramente o rei D. Carlos e aquele, que na linha sucessória do trono lhe ia suceder.
Lembrar esta data é um dever cívico e humano. 

Lembrar que a I República foi um desnorte completo a que meteram ombros homens mentalmente impreparados quer do ponto de vista político e social é outro dever.
Lembrar que os algozes agiram por ordem de sociedades secretas - Carbonária e Maçonaria - é outro dever.

Lembrar a balbúrdia sanguinolenta de que falou Eça de Queirós, é outro dever.

Lembrar que entre 5 de Outubro de 1910 a 14 de Maio de 1915 (início do poder despótico de Afonso Costa e eclosão da revolta de uma Junta Revolucionária que causou 102 mortos, com o Governo de Pimenta de Castro refugiado no Quartel do Carmo), Portugal viveu a 1ª Ditadura é um dever.

Lembrar que entre 14 de Maio de 1915 a 14 de Dezembro de 1918 (2º Governo de Teófilo Braga e assassinato de Sidónio pais) Portugal viveu a 2ª Ditadura, é outro dever.

Lembrar que ente 14 de Dezembro de 1918 a 27 de Abril de 1928 (com vários Presidentes a serem derrubados - Canto e Castro, Teixeira Gomes, Bernardino Gomes - até à entrada, pela segunda vez, de Oliveira Salazar, Portugal viveu a 3ª Ditadura, é outro dever.

Lembrar que a 4ª Ditadura, se assentou em cima da Desordem e da Balbúrdia Nacional, é, infelizmente, outro dever, 

Lembrar tudo isto, hoje - lembrar, sobretudo - que foi em cima da morte física do rei D. Carlos e de seu filho, Luís Filipe, que Portugal endoideceu, sem ter tido a prosperidade anunciada pelos próceres revolucionários da época - cujo único ideal foi acabar com a realeza - é, ainda, outro dever.

Lembrar a todos os que odeiam Salazar e a 4ª  Ditadura - que sem negar a razão que existe- dizer-lhes que o tempo pretérito onde eclodiram três Ditaduras a ditaram, pelo mau uso feito de falsas liberdades, pelo que lembrar isto, é ainda, um outro dever!

Por fim, lembrar, que a I República implantada com as mão sujas de sangue não deve ser exaltada - mas sim e só - pelas danos que causou, merece ser esquecida, ou então, lembrada como um acidente histórico que não teve homens à altura dos acontecimentos.

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