Daqui vejo um pedaço do mundo e se o vejo desajeitado, sofrendo a mágoa duma realidade melhor que desejei, estou consciente de não ter sido um destruidor assumido, embora admita a omissão de o não ter ajudado a erguer como devia, sugerindo estas afirmações que os dois modos contrários do meu agir reflectem a minha desatenção humana, dando-me a certeza que a ela só escapam os homens fadados para destinos superiores
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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014
Longe, eu sei...
Vou estrada fora, só!
Gelado deste frio de solidão
Em busca duma aurora, dum sol quente...
Que não quero mais noite, não!
Vou errante, cego da treva,
No meu passo miúdo e inseguro.
Levando a visão duma aurora longe
Que há-de, enfim, trepar sobre o meu muro!
Vou serenamente, aquecendo a noite fria
Nos meus poemas, sem deles fazer alarde.
Longe, eu sei, está o grande dia
Rasgando a noite frisa onde o meu sonho arde!
(Nota: Poema publicado na Imprensa Regional - 1977)
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