Pesquisar neste blogue

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Longe, eu sei...




Vou estrada fora, só!
Gelado deste frio de solidão
Em busca duma aurora, dum sol quente...
Que não quero mais noite, não!

Vou errante, cego da treva,
No meu passo miúdo e inseguro.
Levando a visão duma aurora longe
Que há-de, enfim, trepar sobre o meu muro!

Vou serenamente, aquecendo a noite fria
Nos meus poemas, sem deles fazer alarde.
Longe, eu sei, está o grande dia
Rasgando a noite frisa onde o meu sonho arde!


(Nota: Poema publicado na Imprensa Regional - 1977)

Sem comentários:

Enviar um comentário