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quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Para onde caminhamos?


Para onde caminhamos?
Em que quadrante se situa a porta grande por onde o nosso povo há-de entrar vitorioso na senda do futuro?
Em que "Arco do Triunfo"  havemos de entrar cantando a "Portuguesa"?

É urgente.
Não podemos demorar o encontro feliz com a aurora que sonhámos, até porque a noite está sendo longa demais para as nossas incontidas ansiedades de construirmos um povo adulto, libertado das tutelas que nos desgastam o brilho da raça de onde provimos.
É já uma noite longa. Longa demais.
E de tal modo o é, que o nosso esforço  gigante para continuarmos de pé nos está a tornar anões e nos martiriza, a ponto de muitos de nós, já terem dobrado o joelho, cansados duma espera inglória.
E há, os que caíram para sempre, continuando vivos... nas sem esperança!

E há os mortos, vítimas de um combate sem fim, que beijaram a terra fria dos covais sem terem sentido a felicidade da liberdade total e para os quais tangem a finados os sinos das nossas almas, que apesar de tudo, não deixam se sonhar com uma nova madrugada, apesar de cansados de tantas madrugadas frias.

Temos fome de viver, mas de viver, realmente!
Estamos fartos de atoleiros e os nossos pés já não atinam com a passada seguinte.
Temos cardos, silvedos e matagais. Espinhos e dores caladas.
Misérias e fomes escondidas.
Tem dores agudas os que continuam de pé, num imenso plantão.
Para onde caminhamos?
Eis a pergunta que nos assalta quando vemos os homens mais responsáveis a não entendem, pelo facto dos votos nos Partidos que representam se sobreporem à entidade nacional?
Para onde caminhamos?


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