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segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Relativismo moral ou a falta de princípios básicos



Os homens, por sua conveniência e comodidade vivencial dão o nome de relativismo moral à doutrina em que o bem e o mal variam de acordo com os tempos a as sociedades, admitindo por isso e sem peias, que este – ao contrário da imobilidade dos princípios básicos que devem presidir à acção do homem – seja uma variável que admite que uma ideia ou um facto pondo-os  de acordo com o tempo – por mais desbragado – ou com a sociedade – por mais libertina que  seja – sendo, assim, o relativismo moral um meio que voga  ao sabor das circunstâncias e do meio onde se vive.

Tudo está, no facto do homem se ter esquecido da verdade verdadeira  e ter feito desse princípio nobre da filosofia humana algo cujo conhecimento exacto, que não admite tergiversões ter deixado de fazer parte da sua conduta, derivando daqui todas as variáveis ao sabor dos ventos do mundo que têm sempre quem os acolha.
Há, com efeito, na mentalidade contemporânea – que é contra os dogmas eclesiais – um dogma que ela criou para sua comodidade pessoal: não há verdades absolutas nem princípios básicos imutáveis.

Tudo é susceptível de mudança e de arranjos a um mundo que se vai mudando – e isto é verdade – não sendo, no entanto, menos verdade que um mundo que muda sem atender às verdades fundamentais da sua mentalidade, é um mundo desorientado.
É necessário ao homem do nosso tempo que não deixe de atender a duas realidades básicas da sua condição: a humana - que o mundo reclama e o faz errar e a divina, reclamada por Deus -  que o chama a evitar os erros do mundo, fazendo-lhe ver os perigos do que é andar ao sabor da corrente que lhe faz perder o sentido de algumas verdades absolutas e, como tal, imutáveis em todo o tempo e lugar.

Há, por isso, necessidade do homem se conhecer a si mesmo, indo ao fundo das questões morais que fazem dele uma criatura por excelência, capaz do bem e do mal., e encontrar  por isso as capacidades de busca dos fundamentos da honestidade intelectual que cada um deve a si mesmo, mantendo imutáveis no edifício da sua moral as verdades que não podem ser relativisadas ao sabor de cada tempo.
E aqui não se pede uma fé teologal.

Pede-se, apenas, ao homem que seja autêntico enquanto ser racional que é, e que esta qualidade única na História da Criação o torne fiel às causas intrínsecas da sua condição humana, chamando a si a honestidade que deve presidir aos seus actos, na certeza que ser honesto é preferível a pensar de acordo com as premissas que a sociedade impõe, quantas vezes vão ao arrepio daquilo em que se acredita.
É neste campo que o homem tem de aprender a distinguir o que é relativismo social daquilo que é honestidade intelectual.



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