D. Helder da Câmara (1909-1999), que foi Bispo de Olinda e Recife, deixou-nos esta imagem literária que é uma joia dos seu espírito, e um retrato vivo do profundo humanismo com que exerceu a sua missão de homem de Deus:
à retirada dos andaimes,
contempla - é claro -
o edifício que surge.
Mas pede pelos andaimes,
pois é duro
servir de suporte
à construção,
ser necessário à obra
e na hora da festa
ser retirado como entulho!
Ao chamar a nossa atenção para os "andaimes humanos" como é sugerido neste belo poema de dor humana, lembremo-nos deles e agradeçamos a Deus que faz desabrochar flores humanas, como foi este servidos de Deus, que tendo sido cidadão brasileiro se tornou cidadão do mundo, mercê da luta que travou em favor dos mais desprotegidos.
Dos seus "andaimes humanos"!
Imitemos este homem, naquilo de que formos capazes, começando por fazer o propósito de não fazer dos mosso semelhante o "andaime" que se joga fora, como algo sem préstimo no momento em que deixou de fazer falta ao nosso projecto.
Que a fraternidade humana que está patente no texto de D. Helder seja a nossa bandeira maior.
Entendamos, humildemente, que nunca é exclusivamente fruto do nosso esforço aquilo que conquistamos, mas é a conjugação de muitos factores é que os tornam possíveis e, por isso, olhemos com o amor de Cristo para os "andaimes humanos" que foram o apoio indispensável que nos ajudou a chegar à meta proposta, mas sem nos esquecermos que todos os homens,têm metas para cumprir e só as podem vencer com o nosso apoio.
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