O disco do Sol, ao fim da tarde, quando esta caía lentamente no horizonte, pareceu-me que cindia o monte altaneiro que se erguia em brasa, e à medida que o "penetrava" deixou que o recorte dos pinheiros se mostrasse nítido e garboso.
Foi uma cena breve, porque rapidamente o Sol se afundou, dando origem à mudança de cena, como se de um teatro se tratasse e, ao longe, escondido, ao porte altivo das árvores sucedeu a moldura de uma sombra indistinta.
Do fulgor passara-se a um cinzento triste, que daria por fim, abertura ao portal da noite.
Após isto, pensei, que no mundo há homens que só brilham como se fossem sóis e se recortam na paisagem humana porque têm por detrás a luz de alguém, tal como os pinheiros do monte que tiveram a luz do Sol... e, outros, que não tendo essa luz, passam como sombras iguais, às que ficaram no monte quando o Sol se escondeu!
Concluí, depois, numa meditação simples e humanista, que os homens que deixaram de brilhar por este motivo, mas tendo sido fadados por Deus para serem luzes no mundo - têm de continuara a lutar contra um Sol qualquer que fugiu - porque é urgente ser luz para alguém!
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