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segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Pela palavra se ganha, pela palavra se perde!




Aconteceu na Praia de Pedrógão  (concelho de Leiria) no passado dia 9 de Fevereiro.
E mais uma vez aconteceu o estribilho do mesmo fado, ou seja, António José Seguro que sonha ser Primeiro-Ministro - e tem todo o direito - usa a demagogia do seu verbo emproado, como se a sua vontade, já não tivesse sido a de outros governantes e a dos actuais, mas a que falta o indispensável: o dinheiro que não temos para colmatar agora, com despesas fabulosas as asneiras territoriais que as Câmaras Municipais com o beneplácito dos vários Governos têm assentido, ao aprovar projectos de construções esteticamente "bonitas" - com o mar em frente dos olhos - mas fundadas em terrenos falsos, muitas vezes roubados à margem marítima, esquecendo-se que a natureza se vinga sempre das malfeitorias dos homens.

A opinião de António José Seguro faz sentido e coaduna-se com a actuação que lhe cabe fazer, mas deita tudo a perder ao afirmar que o Governo anda um pouco às aranhas nesta questão, como noutras.
E caiu-lhe a máscara ao dizer isto. 
Era aqui que ele queria chegar, zurzindo no Poder central e chamando a atenção para a Câmara de Leiria que se substituía ao Governo, andando co máquinas a descarregar areia na praia de Pedrógão, quando é esse, precisamente, o papel descentralizado que se pede ao poder local, cujos orçamentos anuais tem de prever imprevistos.

Apelou, ainda, a uma acção estrutural, de modo a permitir que Portugal conserve os areais e as praias com qualidade para continuar a atrair turistas.
É evidente que a defesa do cordão dunar é um desafio que temos pelas alterações climatéricas e naturais que estão a acontece, pelo que, ficamos á espera que se este senhor vier a ser Primeiro-Ministro se não esqueça do que disse no passado dia 9 de Fevereiro de 2014 na praia de Pedrógão.
Tememos, porém, que isso venha a acontecer e, se cumpra com ele - como tem acontecido com outros - a famosa estrofe do poeta popular António Aleixo - um filósofo da vida - que disse coisas sérias como esta:


Vós que lá, do vosso império
Prometeis um mundo novo
Calai-vos que pode o povo
Querer um mundo novo, a sério!


Por isso, recomenda-se a este senhor que não ande a defender a necessidade de virar Portugal ao contrário... mas o ajude a pôr direito e deixe a caça ao voto, servindo-se, inclusive, de um fenómeno da Natureza revoltada clamando pelo espaço que ao longo da costa de Portugal lhe tem sido roubado.

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