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sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Os últimos dias de Alexandre Herculano testemunhados por Bulhão Pato


Este texto dolorido de Bulhão Pato que foi um incondicional amigo de Alexandre Herculano vale por dois motivos fundamentais:
  • Por ser uma prova do poder da amizade quando ela é - como devia ser - um dos bens maiores que os homens podem der entre si.
  • Por ser um texto magnífico e único que nos dá conta da morte de um dos maiores vultos da Língua Portuguesa.
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Casa de Alexandre Herculano em Vale de Lobos


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OS ÚLTIMOS DIAS DE ALEXANDRE HERCULANO

Sábado – 8 de Setembro de 1877 – depois de jantar, saí da casa, onde então morava – Calçada da Estrela, próximo ao largo –, e fui visitar o meu amigo Zacarias d'Aça, que habitava na Rua de São Félix, à La
Eram dois passos. Ia conversar e convidá-lo para darmos, no dia seguinte, uma volta de caça pelo juncal da Costa. Ia com o ânimo desafogado, bem disposto, como vulgarmente se diz.
Estava uma tarde magnífica, iluminada pelo Sol, ainda vivo, do declinar do Verão.
Quando entrei em casa do meu amigo, achei-o preocupado e triste.
Perguntei-lhe se tinha alguma coisa. Respondeu-me que não. Em seguida propus-lhe o nosso passeio à Costa. Calou-se um momento: depois disse-me, com certa precipitação:

-É verdade, o Alexandre Herculano está doente. Parece-me ser coisa grave. O Reis (Henrique Augusto de Sousa Reis, tenente-coronel de artilharia, amigo de Herculano) já partiu para lá com o dr. Alves Branco.
Apertou-se-me o coração, que estava expansivo e alegre, dizendo comigo:
– O mestre está morto!
Escrevi um bilhete a minha irmã, e saí imediatamente. Zacarias d'Aça acompanhou-me.

Chegámos à Livraria Bertrand, onde encontrei Augusto Saraiva de Carvalho. Perguntei-lhe novas.
– No telegrama que recebo agora, diz-se que é uma perniciosa – respondeu-me ele.
Segui para o caminho-de-ferro. Tinha-se aberto a porta. A casa estava deserta. Entrei a passear de alto a baixo. Os viajantes vinham confluindo. Eu acotovelava este, pisava aquele...

Há horas em que nós quase perdemos a consciência do mundo exterior.
Minutos antes de partir o comboio apareceu à porta o dr. José de Avelar.
Fiz-lhe logo uma série de perguntas importunas. Supunha, alucinadamente, que o médico me pudesse consolar!
– Sossega-te. Eu não sei nada. Lá veremos o que há.
Chegámos a Vale de Lobos às 11 horas da noite, pouco mais ou menos.

Estavam lá o médico assistente, dr. Pedroso e Alves Branco. As fisionomias de ambos não me influíram ânimo. Outro tanto me sucedeu, quando José de Avelar voltou do quarto do doente.
Alexandre Herculano estava no pleno uso das suas faculdades, porém, extremamente agitado.
Sobre a madrugada partimos. Poucas palavras trocámos. José de Avelar disse para o seu colega Alves Branco:
-Não gosto disto.
– Nem eu! – respondeu Alves Branco.

Depois começaram a falar, na linguagem da ciência. julguei perceber que o mal não estava ainda bem caracterizado, mas que o prognóstico era mau.
Não me atrevi a perguntar nada.

Num telegrama de domingo – 9 – havia algumas palavras um nadinha animadoras.
Uma carta de José Basto, escrita ao irmão João Basto e datada de domingo à noite, dizia que o doente tomara os caldos com menos fastio e até pedira uma colher de Vinho do Porto, coisa que até aí lhe repugnava grandemente.
Fui, a correr, levar esta notícia a Henrique Reis e José de Avelar, que esperavam por mim na Tabacaria Lusitana. Naquelas circunstâncias esta notícia deu-nos alma nova.

Reis disse-me:

– Daqui por meia hora devo ter telegrama em casa. Se as notícias forem boas, vamos dar um passeio ao campo e depois de jantar partimos para Vale de Lobos.
Passada meia 'hora acompanhei Henrique até sua casa, em frente da Biblioteca. Fiquei à espera no largo. Bastou-me vê-lo sair da porta, com o telegrama na mão, para me convencer que as novas eram lastimosas!
Não me enganei.

António da Silva Túlio, extremamente comovido, tinha corrido ao Paço a pedir a Magalhães Coutinho que acudisse com a sua ciência e grande talento ao amigo de tantos anos.
Mandou-se pôr um expresso. Ás seis e meia entrávamos na estação. Lá estava Magalhães Coutinho. Partimos. Éramos cinco: Magalhães Coutinho, João Galhardo, sobrinho de Alexandre Herculano por afinidade, Henrique de Sousa Reis, José de Avelar e eu.
xpresso silvava constantemente, cortando o terreno, como as aves cortam os ares. Pareceu-nos que ia devagar!

Chegando a Vale de Lobos Magalhães Coutinho não auscultou o doente. Tomou-lhe o pulso, e disse-lhe algumas frases vagas. Falou-lhe, com insistência, de um alto personagem, que se interessava pelo seu estado.
Quando Magalhães Coutinho saiu do quarto, Alexandre Herculano, muito comovido, disse para José de Avelar:
– Isto dá vontade de a gente morrer.

Era a frieza desconsolada do médico e do amigo? Seria sentir que o homem de superior talento, talento que ele apreciava tanto, não lhe podendo já acudir com a ciência, queria, àquelas tardias horas, consolá-lo com a satisfação das vaidades humanas?
Fosse o que fosse, alguma coisa acerba lhe atravessou o espírito nesse atribulado momento!
Dali a pouco, recobrando a sua habitual serenidade, disse-me:

– Os de casa, coitados, andam com a cabeça perdida. Dê uma vista de olhos àquilo lá por baixo, para que arranjem a ceia. Veja os melões. Este ano são magníficos.
De madrugada regressámos a Lisboa.
Nesse dia à noite – 11 – José de Avelar voltou a Vale de Lobos.

Damos-lhe agora a palavra:
«Meu querido Bulhão Pato. – Para completares a tua triste narrativa, queres que reconte o que se passou, desde o dia em que tiveste de retirar de Vale de Lobos e eu tive de ficar ao lado do nosso nobilíssimo e chorado amigo, na qualidade de enfermeiro, qualidade que nunca ultrapassei, como sabes. Vou cumprir as tuas ordens, e em breves palavras direi os poucos e melancólicos episódios que a minha fraca memória não deixou escapar.
No dia 12 resolveram propor ao enfermo que aproveitasse a presença do tabelião – que era seu respeitoso amigo e que o vinha visitar – para fazer o seu testamento, ao que ele acedeu sem a menor hesitação, demonstrando, todavia, bem acentuadamente num quase desdenhoso sorriso, que não acreditava na coincidência daquela visita.

Assisti ao acto como testemunha.

Ditou tudo, palavra por palavra, com a maior serenidade, e sem diferença de tom na voz, quando falou das disposições do seu próprio enterro, que deixava ao arbítrio e vontade de sua viúva.
Fui eu e Santos que o amparámos, para se sentar na cama e assinar o testamento. Como a primeira pena – que era de ave, e com essas é que sempre escrevia – não servisse, por estar ressequida e com os bicos revirados, por não ter uso havia alguns dias, fui ao escritório procurar outra, que preparei rapidamente, molhando-a na tinta, e colocando-lha entre os dedos.

Com estas curtas demoras, e na posição que conservava – ainda que amparado nos braços de Santos – tinha-se afadigado extraordinariamente; a respiração era já muito frequente e curtíssima, porque a maior parte dos pulmões não funcionava e só com muito esforço e vigor de vontade conseguiu – a muito custo e com letra muito tremida e deformada – assinar o seu – A. Herculano.

A palavra que, decerto, o grande escritor traçara sempre com menos atenção e quase automaticamente, foi a última que escreveu e com tantas dificuldades e cansado trabalho, como quem realmente grava no bronze eterno a rubrica da própria imortalidade!
Deixou-se cair, ofegante, sobre as almofadas, com a respiração estrídula e fervorosa de quem já não tinha força para expectorar.
Disse-me ainda que os rapazes – os seus testamenteiros – poderiam publicar uns cinco volumes de opúsculos com os manuscritos, que deixava, e os artigos dispersos nos jornais.
Depois ficou num torpor de repouso aparente, e nós deixámo-lo como a dormitar.
Estava exausto; poucas horas tinham de decorrer para começar a agonia.
De noite voltaste, e como não o desamparaste mais, melhor do que eu sabes como se passaram os últimos momentos do homem, do grande e inimitável historiador!
Teu velho amigo
José de Avelar

Os telegramas do dia 12 eram cada vez mais aterradores.
Henrique de Sousa Reis estava descoroçoado, mas queria ainda levar o dr. Alves Branco a ver o seu amigo.
Era um fio de esperança; agarrava-se a el
No comboio da noite partimos.
A viagem foi soturna.
Quando chegámos a Vale de Lobos e entrámos no quarto, Alexandre Herculano olhou para Henrique e abraçou-o.

Era um agradecimento mudo pela sua solicitude.
O dr. Alves Branco observou detidamente o enfermo. Não despregávamos os olhos dele. O habilíssimo médico forcejava por aparentar a máxima serenidade, falando afectivamente com Alexandre Herculano, que lhe dizia:
– Ainda que chegasse a levantar-me daqui, como ficaria eu? Valeria a pena esgotar os recursos da ciência com um homem, que já nada poderia produzir? Estou cansado, doutor, tenho trabalhado muito!
Quando entrámos no escritório, Alves Branco sentou-se, esteve alguns momentos calado e depois, como respondendo à nossa ansiosa expectativa, disse-nos, com as lágrimas nos olhos:

– É um homem irremediavelmente perdido!

Meia hora depois Henrique, morta a esperança, voltava com o doutor para Lisboa. Eu ficava.
Abraçámo-nos sem trocar palavra.
Sobre a madrugada desci à casa de jantar, sentei-me numa cadeira de braços, e adormeci. Dali a pouco acordei sobressaltado.
Cantavam os pássaros, vinha rompendo a manhã.
Subi ao quarto. Eduardo Galhardo, sobrinho de Herculano, filho de sua irmã, estava ali.
A luz, que entrava pelas frinchas da janela, sobrelevava já ao darão mortiço da lâmpada acesa no quarto próximo ao do enfermo.

Alexandre Herculano disse:
– Abram a janela. Quero ver as árvores.

Eduardo abriu as portas da janela. O orvalho, aos clarões vivos e virginais da alvorada, brilhava como pedras preciosas, correndo em lágrimas pelos vidros empanados.
Eduardo limpou os vidros com o lenço. Nesse mesmo momento tinham entrado no quarto José Bastos, José Cândido dos Santos, um dedicado amigo de Vale de Lobos, hoje morto, a Exª Srª D. Mariana Hermínia Meira, e as amigas íntimas, que a acompanhavam. Não me recordo de algumas pessoas mais.
A luz da manhã crescia em ondas. Alexandre Herculano estava extremamente pálido. O queixo inferior, que de ordinário, quando falava, tremia um pouco, agora tremia constante e fortemente.

Não havia nem lágrimas nos olhos, nem palavras na boca de ninguém.
Nada às vezes é mais eloquente, do que o completo silêncio!
Herculano, vendo entrar as senhoras, olhou fixo para sua mulher, que ele amava extremosamente, com expressão dolorosa e afectiva.
Depois, estendendo o braço, disse com energia:

– Levem daqui as mulheres. Mulheres não são para ver isto!

Que se passaria naquele forte, e ao mesmo tempo amantíssimo coração, ao proferir estas palavras em tal instante e com tal hombridade! ?
O médico assistente, dr. Pedroso, chegou pelas oito horas. Na consternação da sua boa e inteligente fisionomia lia-se a sentença fatal!

O criado Manuel, que Alexandre Herculano tivera em sua casa de pequeno e mandara educar, veio trazer-lhe um caldo.

Herculano fez um gesto repulsivo.
Manuel insistiu solicitamente.
O doente respondeu:
– Bebe-o tu, coitado, que necessitas, eu já não preciso de nada!

Às onze horas da manhã chegou o duque de Palmela.
O duque, desde muito rapaz, tivera relações íntimas com Alexandre Herculano.
Quando ele entrou no quarto, Alexandre Herculano estava deitado sobre o lado esquerdo. Sem proferir palavra, estendeu o braço direito, e lançou-o em volta do pescoço do seu amigo.
O duque fez grande esforço para conter o ímpeto da comoção; ainda assim não o pôde conseguir.
Nas largas e aflitivas horas daquele dia – horas negras que, por uma antítese cruel, contrastavam com o aspecto do Vale, cujas árvores e vinhedos, batidos pelo Sol magnífico, pareciam nadar num banho de luz – houve para mim um momento de singular consolo.
Vendo que a respiração do doente era por extremo anelante, o que me oprimia o peito, perguntei-lhe, como – maquinalmente:
– Custa-lhe muito a respirar?
-Não, não, respiro bem, muito bem.
Disse isto com tanta convicção e naturalidade, que eu fiquei aliviado de um grande peso!
Queixava-se muito de dores no lugar do cáustico. Pediu que lho tirassem. Como houvesse hesitação disse:

– Tirem, tirem. Agora para que serve?

Os olhos, que ele tinha de um grande brilho, apesar da terrível enfermidade, não haviam amortecido muito; conservavam a sua expressão reflexiva e boa.
O semblante estava dolorido, macerado; mas não havia sombras, que as não tinha, aquela alma límpida e serena!

Não cabe aqui nestas linhas o retrato moral desse homem verdadeiramente superior.
Um dia, talvez em breve, tentarei fazê-lo, narrando factos da sua vida particular, factos característicos – eloquentes! Ã falta de arte haverá verdade e sinceridade. Conheci muito de perto aquela vida imaculada no decurso de trinta anos.

Volto à minha narrativa.
A respiração continuava anelante, porém, menos ruidosa. Cada vez maior dificuldade de expectorar.
Tinha alguns minutos de aparente sonolência; depois, estremecendo, abria os olhos.
Seriam três da tarde. Interrompendo um longo silêncio, disse, apontando para os pés:

– A morte já aí vem a subir.

Em seguida, levando a mão à testa ampla e proeminente, bateu repetidas vezes, acrescentando:
– Isto ainda está bom. Foi muito rijo.
Esteve alguns minutos – fitando-me e continuou:
– Agora, vocês é que ficam sendo os velhos!

Nas horas em que estive ao pé dele, durante a enfermidade, foi nesse momento que, pela primeira vez, lhe vi os olhos húmidos de lágrimas.
A tarde começou a declinar.
Eu estava no gabinete de trabalho próximo do quarto. Eduardo Galhardo chegou-se a mim.
– Olha, o tio recitou agora alguns versos, mas eu não pude perceber bem.
Abeirei-me do leito e falei-lhe.

Respondeu:
– Ainda lhe comprava mais dois centos.
Tornei a falar-lhe.
Repetiu as mesmas palavras e, passado breve espaço, acrescentou:
– Tanchões de oliveiras.
Os olhos haviam tomado expressão diversa – espantados, desvairados!

Estava em delírio.
Saí, ou antes, fugi do quarto.
Quando vi transtornada aquela soberana razão que desde os meus dezasseis anos me habituara a venerar e a admirar, em diurna convivência, perdi completamente o ânimo.
Sem me despedir de ninguém meti-me com o duque de Palmela numa caleche e parti.
Dali a pouco mais de duas horas, Alexandre Herculano estava morto

Voltei no dia seguinte – 14 à noite. Não achei condução na Ribeira de Santarém, e só na cidade, de madrugada, pude obter um trem, que me levasse a Vale de Lobos.
Era a última despedida.
A alma humana, sob qualquer forma, há-de tender sempre para estas manifestações, ter estas exigências, por mais que os espíritos positivos lhes chamem puerilidade.
Não foram, há pouco ainda, os comunistas da França, que não acreditam em Deus, levar coroas de perpétuas à vala, onde haviam caído, trucidados pela reacção aterrada e enfurecida –, o medo é feroz! – milhares dos seus camaradas?

Eram vermelhas as coroas.
A cor que importa?
Quando entrei no Vale, vinha clareando a manhã.
As duas enormes faias do eremitério, meneando-se e acurvando-se com a aragem viva da madrugada, pareciam chamar, convidando o recém-chegado a que viesse comemorar com uma lágrima a solidão em que as deixara a perda do seu amigo!

O Sol, crescendo em torrentes de luz, inundava dali a pouco a paisagem.
No ar, onde rutilavam colunas de pó doirado, nos claros das alamedas, zumbiam os insectos com uma vibração alegre – irónica e cruel para a alma dos tristes!

As folhas de terra do fundo do vale e as encostas de bacelo, denunciando próspera colheita, estavam ali para confirmar a solicitude e mestria da mão que as cultivara.
Vale de Lobos, nos últimos anos, foi uma granja modelo, onde até os mais contumazes na rotina vinham estudar e aprender.
Era ainda um serviço prestado por aquele homem de eleição, entre tantos que fizera ao seu país.

Com o altear do dia foram chegando os que vinham para o acompanhar no préstito
O firmamento sem uma nuvem, de um azul vivo e profundo, ostentava a sua serenidade olímpica sobre as lágrimas e misérias deste mundo!
As águas da mina, refervendo, desciam por encanamentos, para irem regar a várzea; as vacas turinas, com a barbela pendendo em dobras, o pescoço recachado, os úberes túrgidos, repletas e descansando, deitadas no ervaçal, voltavam vagarosamente a cabeça, a reparar para a linha negra e taciturna dos convidados, que seguia pela bordada do vale, e fitavam, estremecendo, a orelha velosa, como atónitas de verem na sua alegre paisagem aqueles inusitados e sombrios vultos!

Na clareira do vale, e no fundo verde escuro do outeiro, ressaíam as casas da aldeia com as chapadas de luz da força do dia.
Entre os que seguiam no préstito um homem de verdadeira ciência e talento – António Augusto de Aguiar – proferiu, à beira da sepultura do grande (historiador, algumas palavras notáveis e comoventes. Não as ouvi, porque não fui ao cemitério.
Os camponeses ofereciam ramos de oliveira às pessoas que tinham vindo de Lisboa.

As oliveiras, que ele lhes ensinara a tratar!
Prestavam esta homenagem, na sua rústica e afectuosa sinceridade, não ao escritor que não conheciam, mas ao amigo de tantos anos, que respeitavam, porque lhes acudira sempre com o conselho e com o remédio.
Daqui a poucos dias completam-se três anos – 13 de Setembro que desapareceu a luz de um dos mais elevados engenhos que tem tido Portugal e acabou para mim um grande amigo

Estas linhas são um desafogo.
Creio que o País não verá com indiferença a história, religiosamente verdadeira, das últimas horas e das últimas palavras do seu mais ilustre cidadão.

Agosto 30, 1880.

Fonte: "Projecto Vercial"


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