António Correia de Oliveira ou António Corrêa d’Oliveira GOSE • GOIP (São Pedro do Sul, 1879 — Belinho, Antas, Esposende, 1960) foi um poeta português. Começando no final do século XIX foi publicando as suas obras durante mais de seis décadas, tendo sido indicado para o Prémio Nobel da Literatura pela primeira vez em 1933 por vinte membros da Academia Real das Ciências e sendo o recordista nacional com um total de quinze nomeações.
Biografia
Estudou no Seminário de Viseu, indo depois para Lisboa, onde
trabalhou brevemente como jornalista no Diário Ilustrado. Publicou a sua
primeira obra aos 16 anos, Ladainha em 1897, foi companheiro de Raul Brandão e
mostrou influências de Antero de Quental e de Guerra Junqueiro. Em 1912, tendo
casado com uma rica proprietária minhota, fixa-se na freguesia de Antas,
concelho de Esposende, indo viver para a Quinta do Belinho, também chamada Casa
de Belinho.[carece de fontes]
Poeta neogarrettista, foi um dos cantores do Saudosismo,
juntamente com Teixeira de Pascoaes e outros. Ligado aos movimentos culturais
do Integralismo Lusitano e das revistas Águia, Atlântida (1915-1920),[6] Ave
Azul (1899-1900),[7] e Seara Nova. De Correia de Oliveira também se encontram
colaborações nas revistas O Occidente (1877-1915),[8] Serões (1901-1911),[9]
Contemporânea (1915-1926),[10] Revista de turismo [11] iniciada em 1916, no
periódico O Azeitonense [12] (1919-1920) e ainda nas revistas Mocidade
Portuguesa Feminina: boletim mensal (1939-1947)[13] e Prisma [14] (1936-1941).
Obras
Convictamente monárquico, transforma-se num dos poetas
oficiosos do Estado Novo, com inúmeros textos escolhidos para os livros únicos
de língua portuguesa do sistema de ensino primário e secundário.
Correia de Oliveira foi indicado para o Prémio Nobel da
Literatura, pela primeira vez em 1933, sendo-o depois de também desse ano a
1940 e em 1942. A vencedora de 1945, a chilena Gabriela Mistral, que
desempenhara as funções de Adida Cultural em Lisboa, declarou publicamente, no
acto solene, que não merecia o prémio, estando presente o autor do Verbo Ser e
Verbo Amar.[carece de fontes] Foi o terceiro português a ser indicado para o
Nobel da Literatura, depois de João da Câmara em 1901 e de João Bonança em
1907, mas é o português a quem se conhece o maior número de nomeações,
ultrapassado neste valor Maria Madalena de Martel Patrício que tem catorze.
Fonte: Wikipédia-A Enciclopédia livre
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Bem sei que António Correia de Oliveira é um dos poetas "metidos na gaveta" pelo Estado que temos, porquanto ao regime actual todos os literatos que dum modo ou de outro não abjuraram o Estado Novo - como se ele tivesse peçonha - são proscritos e vítimas de um esquecimento atróz, esquecidos os tempos actuais, que os homens que vivem o seu tempo como este poeta viveu, tendo sido, acima de tudo, um nacionalista amigo e defensor das raízes mais lídimas do antigo Portugal, o seu esquecimento calculado é uma mancha que pesa sobre os homens públicos do pós-25 de Abril.
Mas como ninguém "corta a raiz ao pensamento" como disse . e muito bem - uma trova revolucionária, aqui se lembra António Correia de Oliveira, um filho amado de S. Pedro do Sul, que o não esquece.
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