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sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Nada de mal viria ao mundo, se...


Nada de mal viria ao mundo, se...

Não chegam só discursos cerimoniais, porque em certos momentos, - embora as palavras sejam necessárias e oportunas para invocar os actos como é o 5 de Outubro de 1910 - há oportunidades em que nas palavras, para além da lembrança do acto e de se dizer como frisou o Senhor Presidente da República, que "Não há verdadeira democracia sem atenção e entidades estruturantes como as Forças Armadas" porque tal alusão, ainda que oportuna, foi apenas um aceno ténue para o momento que se vive com o problema do roubo do material de guerra de Tancos, quando o que está em causa é algo mais profundo.

Bem sei que o momento, tendo em conta o facto de todos sermos um povo de gente bem comportada, podia ser controverso, mas não ficaria mal se o Senhor Presidente da República, sendo por inerência pela letra da Constituição, o Comandante Supremo das Forças Armadas, ao ver o que se passa - como o povo vê - quanto à anormalidade de atitudes entre o Governo, através do Ministro da Defesa e as Forças Armadas no seu ramo competente sobre o assunto vertente de Tancos, em que o poder civil desmente o poder militar, ter chamado a atenção para esta falta pública de ética republicana, estando a presidir a um acto em que se comemora a instauração da República em Portugal.

É que nunca se viu tal coisa entre Instituições ao nível mais alto do Estado. a que acresce o sentido histórico da data, que não foi para assistirmos a isto que o 5 de Outubro e a figura de Machado dos Santos foram lembrados!

Nada de mal viria ao mundo, portanto, se o Senhor Presidente da República no seu discurso circunstancial tivesse sido mais acutilante e tivesse chamado a atenção para o que se passa às escâncaras do povo que lê ou ouve as notícias e, por isso, nada de mal viria ao mundo se tivesse "puxado as orelhas" a quem - civis e militares em cargos elevados - deixaram resvalar o roubo de material de guerra de Tancos para esta "pouca vergonha!" nacional.

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