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quinta-feira, 11 de outubro de 2018

"A tua sombra" - Um poema de Moreira das Neves



Monsenhor Dom Francisco Moreira das Neves (Gandra (Paredes), 18 de novembro de 1906 - 31 de março de 1992), foi um padre católico, escritor, jornalista e poeta português.
Como literato, ficou célebre por um estudo das ideias de Guerra Junqueiro.
Foi um dos principais colaboradores do Cardeal Cerejeira, de quem foi biógrafo.

Entre as suas realizações encontra-se o grande impulso que deu às comemorações do Duplo Centenário da Independência de Portugal, em 1940 que teve o propósito de evocar a data da Fundação do Estado Português (1140) e da Restauração da Independência (1640) , após ter escrito no final de 1939 o seu artigo «Uma Cruz basta para dizer, na História, quem é Portugal»[3], campanha essa que originou grande quantidade de cruzeiros e outros pequenos monumentos existentes em todo o país sob essa egíde patriótica[4], e particularmente no seu concelho natal, no alto do Monte da Meda, na localidade de Lordelo (Paredes).

Dele escreveu Fernando Namora: “Há no Pe. Moreira das Neves uma árdua militância cultural, mas toda ela voltada para o investimento em valores de uma matriz «exemplar». Como homem das letras em nada se desviou da rota que se impôs, e nunca deu sinais de qualquer ambiguidade. Fez opções e por elas se bateu com argúcia e ardor generoso”.

Dizia-se de si mesmo, conforme o aposto na sua pedra tumular: Aqui jaz quem nunca foi / Missionário nem herói! Mas quis ser em alegria / Apenas, em dor e amor / Cantor de Nosso Senhor! Poeta da Eucaristia.

O seu nome foi dado pela Autarquia à Biblioteca Municipal de Paredes, a quem legou importante parte do seu espólio bibliográfico, bem como a uma Avenida deste burgo nortenho e onde se encontra erigido um monumento em sua memória.

A título póstumo, a Sociedade Histórica da Independência de Portugal homenageou-o, promovendo no seu Salão Nobre um Colóquio que teve como ponto central a sua obra.[9] Assim como a Câmara Municipal de Paredes fez o mesmo por altura do centenário do seu nascimento, programa que contemplou ainda a inauguração de uma exposição sobre a sua vida e obra.

Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Tive o grato prazer de ter conhecido este eminente homem da Igreja e das Letras Portuguesas de seu nome de baptismo Francisco Moreira das Neves, dos tempos em que ele dirigia a editora União Gráfica e onde ia, regularmente, num tempo antigo em que me perdia na minha ânsia de saber e entender o Mistério de Deus, tendo encontrado neste homem de grande cultura, não só eclesial, o amparo e o carinho que desbravaram muitas silvas do meu caminho.

Fui até Gandra prestar-lhe a minha última homenagem e desde então, até hoje, ficou dentro de mim uma saudade teimosa pelo Poeta do "Sonho Azul" do "Mendigo de Deus" e desse livro da minha mesa de cabeceira: "A tarde e o Céu"

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