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sexta-feira, 15 de julho de 2016

"Quanto mais foges de mim"...


INQUIETAÇÃO

Canta Edmundo de Bettencourt

Quanto mais foges de mim,
Mais corro e menos te alcanço;
O meu amor não tem fim,
Morrerei mas não me canso.

Todo o bem que não se alcança
Vive em nós, morto de dor;
Quem ama, de amar não cansa
E se morrer é de amor.


O poeta-cantor Edmundo de Bettencourt nesta gravação de 1928 com a sua voz que se levantou em Coimbra como das mais famosas do seu tempo, não deixa, hoje, pesem embora as malformações sonoras, de continuar a ser pela letra de que é autor e pelo modo como ele a interpreta, uma voz que não morreu, porque ouvi-lo é sempre um motivo de prazer que não se esgota na canção, porque este se espraia na recordação do estudante que teve a arte de chegar até nós e nos continuar a encantar nos versos que moldou e cantou admiravelmente.

Peço licença aos seus descendentes para incluir, como uma homenagem sentida do autor deste "blog" - que tem as suas raízes no Distrito de Coimbra - este apontamento sonoro, na certeza que tenho que ele é um motivo de encanto que não deixa indiferentes todos aqueles que sentem no fado de Coimbra, a lição que ficou no tempo de Edmundo de Bettencourt e hoje, continua, enquanto na velha Cidade Universitária se não calarem as vozes dos estudantes, seus lídimos cantores.

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